São Paulo, domingo, 06 de julho de 2008

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Mercado Aberto

guilherme.barros@uol.com.br

Ibovespa cai tanto quanto Bolsas latinas

A Bolsa brasileira foi a que mais demorou a começar a cair na América Latina desde a crise dos Estados Unidos, mas nem por isso sua retração foi menor do que as outras. Desde que atingiu o seu ponto máximo, no dia 20 de maio deste ano, o Ibovespa já caiu 19,4%.
As outras Bolsas, tanto nos Estados Unidos como na maioria dos países da América Latina, também tiveram desempenho semelhante à brasileira, ao se compararem suas performances desde que seus índices atingiram o máximo de alta. A diferença é que só o Brasil alcançou o recorde neste ano.
O estudo comparativo do desempenho das Bolsas entre os países da América Latina, que foi feito pela Economática, mostra que, apesar de muitos economistas terem defendido a tese de que a crise americana não tinha contagiado o país, o fato é que, pelo menos no mercado de ações, as duas caíram na mesma proporção.
O principal índice da Bolsa americana, o S&P 500, caiu 19,3% em relação ao dia 9 de outubro do ano passado, quando atingiu a sua maior pontuação. Ou seja, um percentual muito próximo aos 19,4% de retração do Ibovespa.
Na mesma proporção que Brasil e Estados Unidos, também caíram as Bolsas do Chile (-21,2%) e da Colômbia (-19,8%). As Bolsas do Peru (-36,4%) e da Venezuela (-38,3%) foram as que apresentaram a pior performance. Já a Argentina (-14,6%) e o México (-13,3%) tiveram melhor desempenho.
O economista Fernando Excel, presidente da Economática, atribui esse comportamento semelhante à forte influência do capital estrangeiro. Na Bolsa brasileira, o capital estrangeiro responde por cerca de 35% do seu movimento.
"A verdade é que muitos estrangeiros ainda vêem a América Latina como um saco só."
O que o estudo mostra é que talvez não tenha adiantado muita coisa o Brasil ter sido o país cuja Bolsa foi a que conseguiu se manter por mais tempo em alta em relação à América Latina e aos EUA. Depois, o tombo foi mais rápido.

LITORÂNEA

O grupo hoteleiro Iberostar abrirá seu primeiro projeto imobiliário no Brasil -um complexo de casas e apartamentos de alto padrão no litoral da Bahia, onde a rede já tem um resort- no começo de 2009, com investimentos de R$ 450 milhões. Fora da Espanha, a divisão imobiliária tem operações no Brasil, México, República Dominicana e Marrocos. "O Brasil foi escolhido para ser o país onde será o primeiro lançamento", diz André Pinto, responsável pela divisão imobiliária do grupo no país.

Setor farmacêutico investe R$ 52 mi em eventos ao ano

O setor farmacêutico investe R$ 52 milhões por ano em eventos, segundo levantamento do Franceschini Análises de Mercado para a MPI Brasil (Meeting Professionals International), entidade mundial sobre preparação de eventos.
Calcula-se que um laboratório gaste em média cerca de R$ 1,5 milhão por ano na área. A pesquisa, com 50% dos maiores laboratórios do país, mostra que, dos 7.000 eventos que o setor promove por ano, 88% são direcionados à sociedade médica e usam 61% da verba total. Anualmente, 300 mil profissionais participam dos eventos. A segunda área a receber investimentos é a dos eventos para propagandistas, profissionais que divulgam medicamentos. Apesar de representar só 3% do total de eventos realizados, os encontros para propagandistas recebem 16% dos recursos totais. O levantamento completo será apresentado no encontro Setores Essenciais Farma, no dia 8, em São Paulo, promovido pela MPI.

LIBRAS
Para estimular o turismo de inclusão, o prefeito de Belo Horizonte, Fernando Pimentel (PT), lançará um guia turístico da cidade em braile. O guia "BH Com Outros Olhos" foi elaborado pelo Instituto Benjamin Constant e terá versões em português, inglês, espanhol e francês. A capital mineira já possui em seus postos de informações atendentes que dominam a Libras, linguagem dos sinais.

NA LISTA
O Bradesco foi o único banco brasileiro a configurar em um relatório de sustentabilidade elaborado pela Goldman Sachs que aponta sete instituições financeiras bem posicionadas em práticas de governança social e ambiental, gestão e rentabilidade para os próximos cinco anos. A posição coloca o banco como opção de investimento de longo prazo. O estudo analisou 50 bancos de 17 países.

TRANSFORMAÇÃO
Daniel Desmond, conselheiro de energias renováveis para o Estado da Pensilvânia, espécie de Vale do Silício do setor nos Estados Unidos, participa amanhã de um seminário sobre o tema na Fiesp. Desmond desembarca no Brasil acompanhado de uma comitiva de empresas de alta tecnologia para prospecção de negócios com usinas de açúcar e álcool. Entre os assuntos da pauta, estão as soluções para transformação de fibras, entre elas bagaço de cana, em etanol.

NO AR
Marcelo Ginzberg, sócio da Onig, acaba de trazer ao Brasil a AirBerger, empresa francesa de marketing olfativo; no país, já fechou com clientes como Victor Hugo e Baccarat; "o olfato é responsável por 35% da memória, a visão, por 5%", diz Ginzberg, e o marketing olfativo pode atuar nas vendas em muitos setores da indústria, "de comida a tênis"

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