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Indústria de cobre trabalha com baixa ociosidade em produtos sofisticados
GITÂNIO FORTES
DA REDAÇÃO
As indústrias de cobre que
trabalham com produtos mais
sofisticados estão operando
num patamar perigosamente
elevado. O uso da capacidade
instalada dessas empresas está
perto de 80%, estima Sérgio
Aredes, presidente do Sindicel
(Sindicato da Indústria de Condutores Elétricos, Trefilação e
Laminação de Metais Não-Ferrosos do Estado de São Paulo).
As companhias que se dedicam a componentes mais elaborados, como condutores elétricos de média tensão para a
indústria automobilística, não
vêm trabalhando em "patamar
confortável", diz Aredes. Para
as empresas que atuam com
produtos padronizados, de uso
doméstico, a utilização da capacidade instalada está na tranqüila faixa de 60% a 70%.
O Sindicel avalia que a capacidade produtiva do segmento
mais sofisticado da indústria de
cobre tende a se ampliar com o
início da operação de investimentos que vêm sendo realizados desde o fim de 2006. Não
há número oficial, mas o sindicato estima que tenham sido
aplicados até US$ 80 milhões.
Dependendo do setor, entre
a tomada de decisão e o começo
de operação de máquinas e
equipamentos especiais, existe
um intervalo de 6 a 18 meses,
diz Aredes. Esses investimentos devem "maturar" até o primeiro trimestre de 2009.
A indústria de cobre deve fechar 2008 com crescimento de
produção de 7% a 8%. O Sindicel projetava antes avanço da
ordem de 5% e 6%, semelhante
ao do ano passado em relação a
2006. Em 2007, o setor registrou 670 mil toneladas e faturamento de US$ 7,5 bilhões.
Pesquisa
Levantamento do Sindicel
mostra que, para este terceiro
trimestre, os empresários esperam aumento das vendas.
Segundo 73% dos entrevistados, haverá crescimento no volume de produtos comercializados em relação a igual período do ano passado.
Para 20%, as vendas devem
se manter no mesmo patamar.
Apenas 7% dos entrevistados
prevêem retração.
Sérgio Aredes justifica esse
desempenho pela "retomada
de investimentos em telecomunicações, as novas perspectivas do setor de óleo e gás e o
crescimento acelerado de setores como o automobilístico e da
construção civil".
O Sindicel representa 60 empresas de todo o país. Segundo
a entidade, essas companhias
representam 90% da produção
do setor.
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