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Reserva do ES pode superar 2 bilhões de barris
ROBERTO MACHADO
DA SUCURSAL DO RIO
O Parque das Baleias, na parte norte da bacia de Campos, no
Espírito Santo, pode ter reservas de mais de 2 bilhões de barris de petróleo equivalente (que
leva em conta também o reservatório de gás), segundo o gerente de Exploração e Produção da Petrobras no Espírito
Santo, Márcio Felix Carvalho.
O campo de Jubarte, onde o
presidente Lula "inaugurou"
na última terça a produção experimental do pré-sal, é um dos
sete campos em desenvolvimento na região -que, menos
badalados do que os campos da
bacia de Santos (e com menos
potencial), também são considerados nova fronteira de exploração.
As reservas "provadas" do
Parque das Baleias somam hoje
1,2 bilhão de barris -é esse o
dado que consta do balanço da
estatal. Mas o piso com que os
técnicos da Petrobras trabalham já é de 2 bilhões de barris,
concentrados no chamado pós-sal, ou seja, o óleo depositado
acima da camada de sal.
A hipótese dos geólogos é que
o petróleo "migrou" para o pós-sal e, por isso, diferentemente
da bacia de Santos, onde está o
campo de Tupi, o potencial das
reservas no pré-sal capixaba
não é tão promissor.
A exploração da região é relativamente recente, se levar em
conta que o desenvolvimento
de projetos em águas profundas demanda tempo e dinheiro.
Começou em 2001 com a descoberta do campo de Jubarte.
Instalada desde 2006, a plataforma P-34 tem produção potencial de 60 mil barris por dia.
Até fins de 2011, a região ganhará o reforço de uma nova plataforma, a P-57. Segundo Carvalho, rapidamente os campos do
Parque das Baleias vão começar a produzir em larga escala.
"O volume de óleo é muito
significativo e estamos avançando rapidamente, tanto na
exploração, com descobertas,
como no início dos testes de
longa duração. Reforça a diversidade do Espírito Santo, que
também tem campos terrestres
de petróleo e grande potencial
na produção do gás natural."
Para o gerente da Petrobras,
o desenvolvimento do Parque
das Baleias vai quadruplicar a
produção de petróleo no Espírito Santo, que saltará dos
atuais 120 mil barris diários para 400 mil a 500 mil em 2015.
Para o gás natural, a expectativa é que a produção, hoje em 8
milhões de metros cúbicos por
dia, chegue a 15 milhões já no
ano que vem- o que representará metade do que o país diariamente importa da Bolívia.
Carvalho avalia que a tarefa
de ultrapassar a camada de sal
para extrair petróleo será feita
em "condições mais favoráveis" no Espírito Santo do que
no campo de Tupi, por exemplo. "São desafios diferentes."
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