Apesar da queda dos índices de inflação, o Banco Central deve continuar a subir os juros de forma mais vigorosa. A taxa básica de juro (Selic) deve fechar o ciclo de alta em 15% no início do ano que vem, o que significa uma elevação de dois pontos percentuais em relação aos atuais 13%.
A aposta é da consultoria Tendências, que acaba de fazer uma revisão das projeções para o comportamento dos juros neste ano. De acordo com a consultoria, o BC deve promover uma elevação de 0,75 ponto percentual na próxima reunião do Copom (Comitê de Política Monetária), no dia 10 de setembro, e mais duas altas de 0,50 ponto percentual, em outubro e em dezembro.
O ano de 2009 deve começar com a continuidade da elevação dos juros pelo BC, mas em ritmo menor. A reunião do Copom em janeiro terá um acréscimo de 0,25 ponto percentual na Selic, conforme a projeção da Tendências.
Segundo a economista Marcela Prada, a Tendências elevou sua projeção para a Selic no final do ano com base na decisão do Copom de aumentar o juro básico em 0,75 ponto percentual na última reunião e, principalmente, na justificativa que apresentou na ata da reunião.
"Eles explicitaram que vão perseguir o centro da meta de inflação em 2009. A nossa projeção do IPCA neste ano é de 6,7%. Então, para fazer ele cair para 4,5% já em 2009 -dado que as estimativas de inflação para o próximo ano subiram muito nas últimas semanas, girando em torno de 5%-, nós acreditamos que o aperto monetário vai ter que ser mais forte," disse Prada.
Mesmo com o ciclo de alta na Selic, a economista disse que a contenção da inflação dependerá também de fatores de incerteza, como a oscilação do preço das commodities. "Um ponto importante é essa reversão da alta de commodities. Se esse movimento se consolidar e houver queda nos preços, isso ajudaria o cenário."
A Tendências estima que o ciclo de alta dos juros do BC se encerre em janeiro do ano que vem. Após esse período, a consultoria prevê uma manutenção da Selic em 15% ao ano até dezembro, quando o momento permitiria que o Banco Central iniciasse um período de redução de juros.

NO PALANQUE

O escritório Soter Design, dirigido por Ana Soter no Rio de Janeiro, ganhou a concorrência realizada pelo Comitê Olímpico Brasileiro para criar o logotipo que defenderá a candidatura do Rio de Janeiro como sede da Olimpíada de 2016. O escritório também venceu a seleção para elaborar uma imagem que reúna a torcida brasileira em torno de uma marca, o Time Brasil. "Pela primeira vez, saímos da fase de cidade aspirante a sediar os Jogos para a de candidatura oficial. Nessa etapa, agregamos ao logotipo os aros olímpicos, considerados a marca não-comercial mais valorizada do mundo", diz Ana.

PARA BATER PERNA
O IFV-CA (Índice de Fluxo no Varejo Count and Act), da Gouvêa de Souza &MD, Virtual Gate e IDV, estima que o movimento nas lojas cresça 4,6% nesta semana em razão do Dia dos Pais. O índice é comparado com a mesma semana de 2007. As lojas de maior fluxo devem ser as de calçados, as de vestuários e as de eletrônicos, com avanço de 6,6%.

PÓDIO
A Volkswagen será premiada hoje pela "IstoÉ Dinheiro" como a Empresa do Ano. A revista homenageia outras 32 empresas campeãs do ranking As Melhores de Dinheiro no Terraço Daslu, em São Paulo. Henrique Meirelles (Banco Central) e Miguel Jorge (Ministério do Desenvolvimento) participam da cerimônia.

PIONEIRA
A TIM foi a primeira a trazer ao país, em abril, o conceito de acesso banda larga em notebooks 100% conectados, e não a Claro, como noticiado ontem nesta coluna. Resultado de parceria com a HP, o HP Notebook vem com modem 3G e TIMChip e custa R$ 2.999.

EM SERVIÇO
A CNI (Confederação Nacional da Indústria) discute hoje em Brasília a terceirização de serviços. A CNI quer que a lei permita terceirização em atividade-meio e fim, sem limite temporal e com responsabilidade trabalhista subsidiária da contratante. A CNI quer contribuir para o debate em torno do projeto de lei que está em elaboração pelo Ministério do Trabalho e deve ser apresentado em um mês.

AUTOMÓVEIS

BRASIL É SEXTO MERCADO CONSUMIDOR DO MUNDO, AFIRMA GM
O Brasil se consolidou como o sexto maior mercado automobilístico do mundo, segundo dados do departamento de estatística da GM. O país vendeu 1,7 milhão de unidades de todas as montadoras no mercado interno entre janeiro e julho deste ano, superando pela primeira vez França (1,64 milhão) e Reino Unido (1,63 milhão). Apenas de vendas da GM, o Brasil se manteve como o terceiro maior mercado consumidor, com 353 mil unidades comercializadas no período.

com JOANA CUNHA, VERENA FORNETTI e MARINA GAZZONI


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