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Captação da poupança em julho é a maior do ano
Depósitos superaram os saques em R$ 1,985 bilhão
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A caderneta de poupança teve seu terceiro mês seguido de
captação positiva, levando o
saldo total mantido na aplicação a R$ 251 bilhões. Em julho,
segundo o Banco Central, os
depósitos superaram os saques
em R$ 1,985 bilhão, maior valor
registrado neste ano.
Entre janeiro e julho, a captação ficou positiva em R$ 6,420
bilhões, queda de 48% em relação ao mesmo período de 2007,
quando a caderneta teve a
maior captação da história.
A procura pela poupança tem
crescido desde o final de 2006,
quando, com a queda dos juros,
sua rentabilidade começou a se
aproximar daquela oferecida
pelos fundos DI e de renda fixa.
Com os juros voltando a subir, a vantagem da caderneta
passa a ser a segurança: a aplicação oferece um ganho quase
certo, equivalente à variação da
TR (Taxa Referencial) mais juros de 0,5% ao mês, além de
contar com uma garantia para
depósitos de até R$ 60 mil por
aplicador mesmo que o banco
responsável pela conta quebre.
Números da Anbid (Associação Nacional dos Bancos de Investimento) mostram que os
fundos DI perderam R$ 1,312
bilhão no mês passado. Os fundos de renda fixa tiveram um
resultado ainda pior, com saques superando os depósitos
em R$ 8,227 bilhões. Já o saldo
de aplicações em CDBs (Certificados de Depósito Bancário),
segundo o BC, cresceu R$ 26,6
bilhões nesse mesmo período e
chegou a R$ 376 bilhões.
O aumento nos depósitos na
caderneta também ajuda a impulsionar o crédito imobiliário,
já que 65% do dinheiro captado
pela poupança deve ser, obrigatoriamente, destinado a financiamentos habitacionais. No
primeiro semestre, segundo
dados da Abecip (Associação
Brasileira das Entidades de
Crédito Imobiliário e Poupança), a concessão desses empréstimos subiu 86,7% em relação
ao mesmo período de 2007.
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