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Grupo argentino deixou empresa
DE BUENOS AIRES
Um dos maiores conglomerados privados da Argentina, o grupo Macri tem faturamento anual
de cerca de 2 bilhões de pesos
-quase o mesmo valor em reais.
É constituído por mais de 40 empresas de diversos setores. Entre
elas, concessões dos correios e de
várias rodovias na Argentina.
O grupo, que atua também na
área de infra-estrutura, alimentos
e construção civil, emprega diretamente 27 mil pessoas. É comandado por Francisco Macri, 73,
amigo do ex-presidente Carlos
Menem (1989-1999).
As empresas Macri têm sido alvo de investigações judiciais. As
acusações são de que o grupo teria recebido benefícios durante as
privatizações realizadas por Menem nos anos 90.
No Brasil, o grupo tem atuação
diversificada. Além da área de alimentos, que engloba empresas
como a Adria, administra a empreiteira Enterpa e concessões de
pedágios em duas rodovias -Cataratas, no Paraná, e Colinas, no
interior de São Paulo.
Em entrevista recente, Francisco Macri disse que estuda vender
todas as suas empresas, inclusive
as que estão no Brasil. Entre elas, a
Adria e a Rodovia das Colinas.
Endividado e afetado pela crise
que atingiu a Argentina entre os
anos de 1999 e 2002, o grupo foi
obrigado a sair da Chapecó em
dezembro de 2002. Procurado pela Folha para esclarecer os motivos que levaram os Macri a
"abandonar" a Chapecó, o vice-presidente do grupo Socma, Jorge
Aguado, não foi localizado.
Segundo a assessoria da empresa, ele estava em viagem e era o
único que poderia falar com a imprensa sobre o assunto. A reportagem também tentou contatar
outros diretores do grupo, além
do próprio Francisco Macri. Até o
fechamento desta edição ninguém havia retornado as ligações.
O grupo Macri assumiu o controle da Chapecó em 1999. Pagou
apenas US$ 40 milhões porque a
companhia tinha um alto endividamento: US$ 334 milhões, segundo informações fornecidas
pelo grupo à Bolsa de Valores de
Buenos Aires na época.
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