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Rombo nos EUA atinge US$ 600 bi ao ano
DA REPORTAGEM LOCAL
Em seis anos, de 1996 a 2002, as
perdas dos EUA com fraudes no
setor privado subiram de US$ 400
bilhões para US$ 600 bilhões (previsão para este ano). Os dados foram anunciados em julho em relatório distribuído para os membros da ACFE (Association of
Certified Fraud Examiners). No
Brasil não há previsões a respeito.
Os US$ 600 bilhões correspondem a uma perda de US$ 4.500
por pessoa economicamente ativa
naquele país. É como se cada trabalhador americano fraudasse
sua empresa em US$ 4,5 mil.
Cerca de 6% das vendas do setor
privado nos EUA são perdidas
com crimes dos colarinhos-brancos. No Brasil, o levantamento
mais recente -da revista "Melhores e Maiores" de 1996- mostra que 1% da receita das empresas locais é desviado. Isso corresponde hoje -considerando que a
taxa não tenha subido- a US$
2,7 bilhões.
Devagar e sempre
Esse dado não pode ser comparado com os US$ 600 bilhões nos
EUA porque esse número equivale à perda de todo o setor privado
americano. No Brasil, os US$ 2,7
bilhões referem-se às 500 maiores
empresas no país. Estima-se, segundo dados do IBGE, que existam mais de 4 milhões de companhias no país.
Grandes companhias são mais
roubadas, certo? De jeito algum.
Segundo especialistas, as pequenas companhias não têm um
controle de caixa tão eficiente
quanto as grandes. E pior: o empregado que recebe o material
comprado é o mesmo que assina
a nota fiscal e libera o produto.
Portanto, na hora de fraudar notas e desviar dinheiro, o esquema
é feito sem problemas.
Acredita-se ainda que as companhias, no Brasil e nos EUA, demorem entre um ano e meio e
dois anos para descobrir que há
fraudadores dentro da empresa.
Até lá, os recursos vão desaparecendo. Aos poucos.
(AM)
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