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Cai participação dos salários no PIB em dez anos
DA REPORTAGEM LOCAL
A participação da remuneração dos empregados no
total do PIB teve uma dramática redução nos últimos
dez anos, revela estudo de
Adriana Nunes Ferreira,
economista da Unicamp.
A primeira queda abrupta
ocorreu em 1994, ano do Plano Real. A remuneração dos
empregados correspondeu a
40% do PIB -queda de cinco pontos percentuais em
relação ao ano anterior.
Segundo dados do IBGE,
em 1995, primeiro ano do
governo Fernando Henrique Cardoso, os rendimentos dos empregados representaram 45,7% do PIB, totalizando R$ 247,1 bilhões.
Em contrapartida, os juros
recebidos pelos agentes econômicos corresponderam a
39,3% do PIB e totalizaram
R$ 212,5 bilhões.
Em 2002, último ano da
era FHC, os juros recebidos
pelos rentistas totalizaram
R$ 879,1 bilhões ou 65% do
PIB. A maior fatia, 75%, ficou com as empresas financeiras (R$ 661,6 bilhões), seguidas das empresas não-financeiras (R$ 89,7 bilhões).
Já a participação da remuneração dos empregados totalizou R$ 486,7 bilhões e caiu
para 36% do PIB em 2002.
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