|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Impasse continua no setor de autopeças
Metalúrgicos dão prazo até amanhã para fazer acordo; no Paraná, greve da Volks completa uma semana
DA REPORTAGEM LOCAL
DA REUTERS
Cerca de 115 mil metalúrgicos das autopeças do Estado de
São Paulo deram prazo para os
empresários do setor apresentarem uma proposta de reajuste salarial até amanhã, quando
ocorre nova negociação salarial. No ABC paulista, são cerca
de 20 mil nesse setor.
Representantes dos trabalhadores e das autopeças não
chegaram a um acordo ontem
durante reunião em São Paulo,
segundo informa a FEM-CUT
(Federação dos Metalúrgicos
do Estado de São Paulo).
Na sexta-feira, os sindicalistas entregaram aviso de greve
ao setor após rejeitarem proposta de reajuste de 8,8% (1,5%
de aumento real e 7,15% de
INPC). "Esse setor tem apresentado resultados positivos e
até recentemente divulgou
uma projeção maior de faturamento para 2008. A exemplo
das montadoras [que concederam 3,6% de aumento real],
acreditamos que construiremos um bom acordo com este
grupo", diz Valmir Marques,
presidente da federação.
Com as empresas de fundição também está marcada nova
reunião na sexta. Os empresários já receberam aviso de greve
em razão de não terem apresentado proposta aos 15 mil
trabalhadores desse setor, segundo a FEM.
No Paraná, os 4.000 trabalhadores da Volkswagen rejeitaram ontem a mesma oferta
salarial aprovada no sábado pelos metalúrgicos do ABC de aumento real de 3,6% mais reposição de inflação de 7,15% (o
que corresponde a reajuste total de 11,01%) e abono de R$
1.450. A paralisação na fábrica,
onde são produzidos o Fox
(compacto) e o Golf (hatch),
completou hoje sete dias.
Até sexta-feira, 4.200 veículos deixaram de ser fabricados
na unidade por causa da greve.
Os metalúrgicos reivindicam
5% de aumento real, além da
inflação, e abono de R$ 1.500 .
Na sexta-feira, a montadora
entrou com um pedido de dissídio coletivo no TRT (Tribunal
Regional do Trabalho).
"Aguardamos uma nova oferta da Volks para ser colocada
em votação na assembléia de
amanhã [hoje]. Tentar resolver
as coisas por dissídio é um retrocesso", disse, em comunicado, Sérgio Butka, presidente do
Sindicato dos Metalúrgicos da
Grande Curitiba. A montadora
não comentou o assunto.
Texto Anterior: Estudo vê falta de "trabalho decente" no país Próximo Texto: Montadoras: Tata faz acordo para construção de fábrica Índice
|