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Mercado Aberto
GUILHERME BARROS -guilherme.barros@uol.com.br
Empresário mantém investimento mesmo com juro alto, diz Bradesco
Apesar da alta da inflação nos
últimos meses e da elevação
dos juros, o empresário não
pretende adiar seus planos de
investimento para o Brasil. A
conclusão consta em estudo interno mensal feito pelo Departamento de Pesquisas Econômicas do Bradesco com 1.600
indústrias no país.
Nos últimos meses, o banco
perguntou aos empresários se
os planos de investimento seriam afetados se o Banco Central subisse a taxa básica de juros até 15,25%.
A pesquisa constatou que, a
cada mês, os juros afetam menos os planos de investimento.
Em julho, 52,6% dos empresários responderam que seus planos não seriam afetados ou sofreriam leves ajustes. Só 24,6%
disseram que os investimentos
terão quedas acentuadas.
Para o economista Octavio
de Barros, diretor do Departamento Econômico do Bradesco
e coordenador da pesquisa, esse resultado mostra que a cabeça do empresário mudou bastante nos últimos três anos. O
banco realiza esse levantamento desde 2005.
"Nesses últimos três anos, o
empresário mudou a leitura
que faz do país", diz o economista. "Tanto o empresário
brasileiro como o estrangeiro
que opera no Brasil vêem o país
como uma potência regional e
global."
A constatação de que o empresário não pretende alterar
seus planos de investimentos,
apesar da alta dos juros, também significa, na opinião de
Octavio de Barros, que o empresário tem hoje uma imagem
mais positiva do Banco Central
em relação a outros tempos.
"É como se o empresariado já
contasse com a competência do
Banco Central para superar esse ciclo inflacionário, apesar da
desaceleração prevista para o
crescimento do PIB no ano que
vem", diz. "O empresário sabe
que o único elemento de instabilidade que pode afetar, hoje,
os seus planos é a inflação sair
do controle."
Diante dessas constatações,
Octavio de Barros está convicto
de que o atual aperto monetário não provocará o mesmo impacto nos investimentos do ciclo inflacionário 2004/2005.
Cidades brasileiras precisam criar identidade, diz arquiteto
O arquiteto americano Chien
Chung Pei, que participou do
projeto da pirâmide de vidro no
museu do Louvre, desenhada
por seu pai, I.M. Pei, em Paris,
diz que as cidades brasileiras
não só precisam criar infra-estrutura para atrair turistas mas
devem encontrar um ícone arquitetônico ou cultural que as
represente. Pei veio ao Brasil
para participar do seminário
Architectour SC 2008, sobre
revitalização urbana e turismo.
Confira trechos da entrevista.
FOLHA - De que modo a arquitetura pode ajudar as cidades a desenvolver o turismo?
CHIEN CHUNG PEI - Existem duas
maneiras de fazer isso. A primeira é fornecer a infra-estrutura adequada, com hotéis,
transporte público, restaurantes e oferecer lugares para aonde o turista possa ir, como museus. A segunda é providenciar
uma imagem arquitetônica ou
cultural que represente a cidade, como é o Carnaval no Rio e a
arquitetura do Guggenheim em
Bilbao, que são identidades
marcantes para esses lugares.
FOLHA - No Brasil, muitas cidades
turísticas não têm estrutura urbana.
O que deve ser feito nesses lugares?
PEI - É importante para o turismo brasileiro tornar as cidades interessantes. O Rio é o lugar mais conhecido, mas outras
cidades precisam descobrir
atrativos. Não se trata só de arquitetura, mas de identidade.
PREVISÕES FUTURISTAS
O consultor Alvin Toffler, autor do best-seller
"Choque do Futuro",
vem ao Brasil para dar
uma palestra a executivos na Conferência Vision América Latina
2008, promovida pela Serasa e pela Experian, entre os dias 21 e 24, na
Praia do Forte, na Bahia.
O tema do debate será
"Futurismo Globalizado:
Tendências, Cenários e
Previsões". Além de Toffler, participarão do
evento o escritor Phil Rosenzweig, autor do livro
"Derrubando Mitos", e o
economista Paulo Rabello de Castro.
GUARDA-ROUPA
As vendas da marca Hering cresceram 72,6% no segundo trimestre com a ampliação dos produtos de preços mais baixos e com novas 40 lojas em um ano. "Em
pesquisa no final de 2006, perguntamos aos consumidores a razão para não comprarem mais produtos da
marca. Uma delas era o preço. Eles diziam que a Hering
ficou cara", diz Fabio Hering, presidente da empresa.
Desde a coleção verão 2007/ 2008, a marca intensificou a oferta em faixas de preço que geram mais volume
de venda. O faturamento do grupo, que reúne Hering,
Puc e Dzarm, fechou junho com avanço de 46,5%.
CHAVE NA MÃO
O banco Santander e a incorporadora Trisul assinaram na última sexta-feira
uma parceria para financiamento imobiliário. O banco
vai conceder R$ 1 bilhão de
crédito para os compradores
das quase 7.000 unidades
que serão comercializadas
pela incorporadora em cidades como São Paulo, Cotia,
Ribeirão Preto e Franca.
ELÁSTICO
A Rhodia, indústria química e têxtil francesa, investiu 2 milhões em três anos
para desenvolver o Emana,
fio criado para roupas esportivas e lingeries que, segundo a empresa, ajuda a retardar a fadiga muscular e
melhora a elasticidade da
pele. As primeiras peças serão exibidas nesta semana,
no Salão de Lingerie, em SP.
com JOANA CUNHA, VERENA FORNETTI e MARINA GAZZONI
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