|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Fischer defende forte redução de dívidas
DA REPORTAGEM LOCAL
A severa crise financeira vivida
pelo Brasil tem ganhado destaque
nos prestigiados círculos de discussão internacional. Stanley Fischer, ex-segundo homem mais
forte do FMI e hoje vice-presidente do Citibank, acaba de destacar
o caso brasileiro em um relatório
sobre crises financeiras e a reforma do sistema internacional.
A fragilidade do Brasil espanta
porque a adoção do regime de
câmbio flutuante, em 1999, deveria ter reduzido a exposição do
país a crises de confiança externas. Mas o problema são as dúvidas sobre a capacidade de pagamento da dívida pública.
Uma das conclusões de Fischer
é que a saída para países emergentes é reduzir fortemente o tamanho de seu endividamento em
relação ao PIB. O economista defende que esses países não deveriam ter relação dívida/PIB superior a algo entre 30% e 40% (a do
Brasil está hoje em 63%).
A opinião de Fischer é indicativa do que os mercados externos e
o próprio FMI esperam de países
emergentes: drástico programas
de cortes de gastos. Por isso, as reformas deverão ganhar importância maior nas discussões do
próximo governo com o FMI.
(ÉRICA FRAGA)
Texto Anterior: Transição: PT e FMI terão encontro de 'reconhecimento de terreno' Próximo Texto: Panorâmica - Em alta: Empresa erótica lança ações na Bolsa alemã Índice
|