São Paulo, domingo, 10 de novembro de 2002

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Fischer defende forte redução de dívidas

DA REPORTAGEM LOCAL

A severa crise financeira vivida pelo Brasil tem ganhado destaque nos prestigiados círculos de discussão internacional. Stanley Fischer, ex-segundo homem mais forte do FMI e hoje vice-presidente do Citibank, acaba de destacar o caso brasileiro em um relatório sobre crises financeiras e a reforma do sistema internacional.
A fragilidade do Brasil espanta porque a adoção do regime de câmbio flutuante, em 1999, deveria ter reduzido a exposição do país a crises de confiança externas. Mas o problema são as dúvidas sobre a capacidade de pagamento da dívida pública.
Uma das conclusões de Fischer é que a saída para países emergentes é reduzir fortemente o tamanho de seu endividamento em relação ao PIB. O economista defende que esses países não deveriam ter relação dívida/PIB superior a algo entre 30% e 40% (a do Brasil está hoje em 63%).
A opinião de Fischer é indicativa do que os mercados externos e o próprio FMI esperam de países emergentes: drástico programas de cortes de gastos. Por isso, as reformas deverão ganhar importância maior nas discussões do próximo governo com o FMI.
(ÉRICA FRAGA)


Texto Anterior: Transição: PT e FMI terão encontro de 'reconhecimento de terreno'
Próximo Texto: Panorâmica - Em alta: Empresa erótica lança ações na Bolsa alemã
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.