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CÂMBIO "DO MAL"
Real forte deixa metade de Chuí sem emprego
LÉO GERCHMANN
DA AGÊNCIA FOLHA, EM PORTO ALEGRE
Metade da população em idade
para trabalhar no município gaúcho de Chuí (520 km de Porto
Alegre) está sem emprego. Motivo: a apreciação do real diante do
dólar faz com que o município
uruguaio de Chuy, do outro lado
da fronteira -e separado por
uma avenida-, apresente preços
bem mais convidativos.
"Dez pesos uruguaios estão valendo R$ 1 atualmente e nossa
economia depende muito do comércio e do consumidor uruguaio", diz o secretário de Governo da prefeitura, Edilberto Chagas. Ele apresenta os seguintes dados: em uma população de 2.267
pessoas com idade para trabalhar,
670 trabalham com carteira assinada e outras 517 trabalham sem
registro: são 1.187 empregados.
Os gaúchos atravessam a fronteira porque na vizinha encontram produtos até 15% mais baratos. O número de casas comerciais em Chuí diminuiu 40% em
relação a dez anos atrás.
Até a gasolina em Chuy uruguaia é R$ 0,20 mais barata do que
na brasileira. E os postos uruguaios têm como cliente até o secretário da Indústria e Comércio
de Chuí, Nazir Jamil Klart. "Não
adianta, é mais barato", afirma.
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