|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Funcionários se mobilizam por dívidas
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Com a falência da Vasp decretada, os funcionários e os
sindicatos começam a se mobilizar para garantir o pagamento da dívida trabalhista
da empresa.
Segundo a Fentac (Federação Nacional dos Trabalhadores em Aviação Civil), os
créditos dos trabalhadores
variam de R$ 900 milhões a
R$ 1 bilhão. A estimativa de
Roberto de Castro, ex-interventor da Vasp, é que a dívida
trabalhista seja de R$ 300
milhões, sem considerar
ações e perícias contestadas.
Segundo a funcionária da
Vasp Vera Salgado, os trabalhadores querem a liberação
de créditos bloqueados na
Justiça para quitar os salários atrasados.
Ela afirma que 300 funcionários da ativa estão há nove
meses sem receber o pagamento na íntegra.
O presidente da Fentac,
Celso Klafke, disse que a federação lamenta a falência
da Vasp, mas ainda não decidiu se vai recorrer. Segundo
ele, a prioridade da Fentac
agora é garantir o pagamento
dos trabalhadores.
Além de atuar no processo
de falência, da 1ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais, a federação também vai
tentar garantir recursos na
Justiça do Trabalho.
Na semana passada, o juiz
Wilson Pirotta, do Tribunal
Regional do Trabalho de São
Paulo, penhorou a empresa
Agropecuária Vale do Araguaia, que pertence ao acionista majoritário da Vasp,
Wagner Canhedo, para quitar as dívidas trabalhistas. A
empresa foi avaliada pela
Justiça em R$ 421 milhões.
O advogado trabalhista
Guilherme Gantus explica
que a decisão da Justiça do
Trabalho de penhorar bens
dos acionistas para pagamento da dívida trabalhista
não deve ser afetada pela decretação da falência.
No processo de falência, os
credores receberão de acordo com a ordem prevista pela
Lei de Falências, informa
Gantus. Como a lei limita o
pagamento da dívida trabalhista em 150 salários mínimos, os trabalhadores podem não receber seus créditos na íntegra.
(MG)
Texto Anterior: Frases Próximo Texto: Brascan compra Company por R$ 200 mi Índice
|