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Mercado Aberto
GUILHERME BARROS - guilherme.barros@uol.com.br
Empresas familiares vivem mais, diz consultor
Empresas familiares, geralmente, têm vida mais longa que
as outras companhias. Essa é a
tese de John Davis, professor
de Harvard e consultor em gestão familiar, que participou de
seminário sobre o tema ontem
na ESPM em São Paulo. Ele já
trabalhou, no Brasil, com os
grupos Pão de Açúcar, Gerdau e
Votorantim.
O professor diz que os desafios das empresas familiares
são a inovação constante, a discussão objetiva dos problemas
do dia-a-dia e o incentivo à formação profissional e cultural
tanto para moldar talentos na
família quanto para cultivar a
lealdade dos funcionários.
Davis diz que as grandes empresas familiares brasileiras
têm padrões sofisticados de
qualidade e de inserção internacional. Entretanto, não só no
Brasil como em outros países,
pequenas e médias empresas
não pensam suficientemente
no futuro, diz o especialista.
Para o consultor, as empresas familiares têm ciclos de vida
até atingir a maturidade e, às
vezes, o declínio na sua atividade tradicional. Segundo John
Davis, é possível continuar rentável em um ramo com demanda em queda -por exemplo, ao
atingir a excelência no mercado
ou ao conhecer exatamente como um setor funciona.
Mas, quando a demanda cai,
a melhor alternativa é diversificar as atividades, afirma o professor. Apesar da dificuldade
em convencer as gerações anteriores sobre a necessidade de
diversificação, o especialista
diz que as empresas costumam
resolver essas questões.
"As empresas familiares são
vistas como lugar de problemas
como nepotismo e dificuldade
de inovar e de agilizar decisões.
De modo geral, são idéias incorretas. Empresas familiares
tendem a ser muito boas nesses
pontos. Os sentimentos de
amor e de apoio podem tornar
mais fáceis esses trabalhos."
Davis cita também os desafios de entender as leis para
cumprir as regulamentações
necessárias e de convencer os
filhos a perpetuarem a empresa. Segundo ele, no Brasil a burocracia é superior à de outros
países e, nas famílias que prosperaram, é mais difícil persuadir novas gerações a se engajarem no trabalho e a mudarem a
atitude de só colher os frutos do
sucesso da geração anterior.
NEGÓCIO BILIONÁRIO
A brasileira Lily Safra, viúva de Edmond Safra, vendeu
uma propriedade de 80 mil metros quadrados na Côte
D'Azur, na França, por 500 milhões (R$ 1,2 bilhão) -segundo a BBC, é o valor mais alto já pago em uma transação
imobiliária; o comprador da casa Léopolda de Villefranche-sur-mer foi um bilionário russo; ele levou a ex-residência do
rei Leopold 2º, da Bélgica, e um jardim com laranjeiras e
1.200 oliveiras que recebe cuidados de 50 jardineiros.
MADEIRA
Paulo Skaf (Fiesp) e Carlos Minc (Meio Ambiente)
assinam amanhã um protocolo de intenções para que
as indústrias usem produtos
ecologicamente corretos de
madeira amazônica. A Fiesp
será responsável em articular os setores envolvidos na
criação de normas técnicas e
legais sobre o tema.
À MINEIRA
Mauro Terepins, presidente da auditoria Terco
Grant Thornton, abre amanhã seu quarto escritório fora de São Paulo, em Belo Horizonte, com mais de 40
clientes na carteira. Além da
expansão física, a empresa
amplia seu faturamento,
com crescimento de 50% no
primeiro semestre.
DE MUDANÇA
O atual diretor de Comunicação Corporativa do banco Real, Fernando Egydio
Martins, assumiu na semana passada o mesmo cargo
no grupo Santander Brasil.
CLASSE A
A Klabin Segall faz uma
parceria com a construtora
São José no lançamento de
um empreendimento no
bairro Jardins, em São Paulo, focado no mercado de alto luxo. Baseado em prédios
de Nova York, como o hotel
Plaza, o projeto terá apartamentos de cerca de 900 m2
com até cinco suítes, voltado para um público AAA, de
35 a 50 anos.
DIPLOMACIA
O presidente Lula recebe
na semana que vem a jornalista Samantha Power, que
foi a principal assessora de
Barack Obama durante as
prévias do Partido Democrata para a eleição dos EUA.
A jornalista é autora do livro
"O Homem que Queria Salvar o Mundo", biografia do
comissário da ONU Sérgio
Vieira de Mello, assassinado
em um atentado no Iraque
em 2003.
com JOANA CUNHA, MARINA GAZZONI e VERENA FORNETTI
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