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Soja, milho e óleo bruto devem liderar recuperação das commodities, diz banco
DA BLOOMBERG
Soja, milho e petróleo bruto
deverão puxar a recuperação
das commodities até o final do
ano, num momento em que os
preços, em queda vertical desde 30 de junho, reconstituem a
demanda por matérias-primas
e alimentos, disse o Goldman
Sachs.
A soja caiu 28% em relação
ao recorde de 3 de julho e o milho recuou 35% desde seu pico,
de 27 de junho, uma vez que o
clima favorável elevou o potencial de produtividade das plantações norte-americanas depois que as enchentes de junho
ameaçaram as plantações do
Meio-Oeste do país, a principal
região de cultivo desses grãos.
A recusa do Departamento
de Agricultura dos EUA, em 30
de julho, em autorizar a exclusão de terras agricultáveis, sem
ônus, dos programas de conservação, manterá a oferta apertada até pelo menos o início de
2010, disse o Goldman Sachs
em relatório.
Os preços do milho caíram
mais de 11% na Bolsa de Mercados Futuros de Chicago na semana passada, em sua sexta semana de queda. Os preços da
soja caíram 14% na semana
passada, na quinta semana seguida de retração. Os contratos
futuros mais negociados dispararam para o recorde de US$
16,3675 no dia 3 de julho.
O Goldman previu que os
preços das commodities agrícolas vão subir 12% nos próximos 12 meses. É um prognóstico superior ao formulado anteriormente pela empresa, de 5%.
Os preços dos combustíveis deverão ter elevação de 20%, mais
do que os 10% calculados em
projeção anterior.
Recuos no dia
Enquanto a recuperação não
vem, ontem os preços das commodities recuaram. Indícios de
desaceleração do crescimento
mundial fizeram com que os
contratos de petróleo bruto,
ouro e prata registrassem quedas abruptas e precipitaram o
Índice Standard & Poor's GSCI
de 24 matérias-primas em
mercado baixista.
O Índice GSCI de commodities chegou a cair 1,2%, após recuar 22% em relação ao seu recorde de 893,859 pontos alcançado a 3 de julho, adentrando
território baixista.
O indicador baixou para níveis inferiores à sua média móvel de 200 dias.
Os preços do petróleo bruto
caíram 23% em relação ao seu
recorde de US$ 147,27 o barril,
em 11 de julho, em parte devido
à retração da demanda por gasolina nos EUA.
O ouro recuou 20% desde
março, quando alcançou sua
maior cotação de todos os tempos. Milho, soja, trigo e cobre
atravessam mercados baixistas
em relação a seus recordes deste ano.
""Investidores estão embutindo nos preços um pouco de
desaceleração", disse Walter
Hellwig, co-gestor de US$ 30
bilhões em ativos do Morgan
Asset Management, de Birmingham, no Alabama.
""Houve muito temor em relação à demanda por commodities, e agora temos níveis técnicos de sustentação mostrando
problemas também", afirmou
Hellwig.
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