São Paulo, terça-feira, 12 de agosto de 2008

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COMÉRCIO EXTERIOR 2

Veto a importação gera crise no setor de castanha de caju

KAMILA FERNANDES
DA AGÊNCIA FOLHA, EM FORTALEZA

Produto líder da pauta de exportações no Ceará, a castanha de caju enfrenta uma grave crise que já causou a paralisação de quatro das oito empresas beneficiadoras do produto no Estado, demissões e rompimento de contrato com compradores de outros países.
Há 600 contêineres com 15,6 mil toneladas do produto estocadas no porto do Pecém (a 30 km de Fortaleza), de onde deverão ser devolvidos a seus países de origem, Nigéria e Costa do Marfim, por determinação do Ministério da Agricultura.
O motivo para o rechaço ao produto foi a presença nos contêineres de pragas, terra e até penas de aves, que poderiam trazer ao país a ameaça da gripe aviária, segundo o ministério.
O presidente do Sindicaju (Sindicato das Indústrias de Beneficiamento de Castanha de Caju e Amêndoas Vegetais do Estado do Ceará), Antonio José Carvalho, disse que os prejuízos passam de US$ 14 milhões.
As exportações cearenses de castanha de caju geraram, em 2007, US$ 180 milhões, 17% das vendas do Estado ao exterior.
Essa foi a primeira vez que indústrias cearenses importaram castanha. A produção local normalmente as abastece, mas em 2007 a safra quebrou, com perda de 100 mil toneladas das 300 mil que deveriam ser obtidas.


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