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G7 fecha círculo de elogios globais ao governo Lula
CLÓVIS ROSSI
ENVIADO ESPECIAL A WASHINGTON
O G7, o clube dos sete países
mais ricos do mundo, fechou ontem o círculo de elogios internacionais ao governo Luiz Inácio
Lula da Silva, ao dedicar ao Brasil
praticamente um parágrafo dos
sete que compõem a declaração
final de seu encontro.
"Saudamos as fortes políticas
macroeconômicas e as ambiciosas reformas estruturais que as
autoridades brasileiras estão implementando", diz o texto.
O Brasil é usado como uma espécie de modelo para os países ditos emergentes, na medida em
que o período anterior da declaração afirma:
"Encorajamos todos os países
emergentes a seguir políticas sadias e aperfeiçoar o cenário para
investimentos. Essas políticas ajudarão a atrair fluxos financeiros,
inclusive importantes investimentos externos diretos, a reduzir
vulnerabilidades externas, e a respaldar crescimento sustentado".
Desde que as reuniões de primavera (no Hemisfério Norte) do
FMI/Banco Mundial começaram
informalmente, com entrevistas
coletivas, na quarta-feira, não
passa dia sem que autoridades internacionais façam um desbragado elogio ao governo Lula.
Primeiro, foi Kenneth Rogoff,
diretor do Departamento de Pesquisa do Fundo, que classificou a
equipe econômica de "world
class" (primeira classe). Depois,
foram o próprio diretor-gerente
do FMI, Horst Köhler, e o presidente do Banco Mundial, James
Wolfensohn, a se dizerem muito
impressionados com Lula e com o
desempenho do governo nos seus
cem primeiros dias.
Faltava o G7, composto por Estados Unidos, Japão, Alemanha,
França, Reino Unido, Itália e Japão. O comunicado oficial do G7
toca em outros temas relevantes
para o Brasil. Reafirma, por
exemplo, o compromisso europeu de "enfrentar o desafio da pobreza global".
Chega até a defender "a mobilização de mais recursos financeiros por países desenvolvidos e em
desenvolvimento" para esse objetivo.
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