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Demanda externa salva estratégia das empresas
DA REPORTAGEM LOCAL
Com a demanda por produtos reprimida no país, não
há razão para as empresas
brasileiras decidirem fabricar itens nacionais que substituirão os importados. Certo? Afinal, para quem vender
se não há consumidores interessados em gastar?
Na prática, a substituição
de importados ocorre porque é localizada em alguns
setores ou porque atende a
demanda externa.
Por essa razão, o movimento ocorre, ainda que o
país viva uma situação de retração econômica.
Portanto, pela análise de
especialistas em comércio
exterior, a substituição é verificada em áreas onde a demanda sofreu poucos abalos. Nesse caso entram, por
exemplo, itens com alto valor agregado, como telas de
cristal líquido para aparelhos celulares (que atinge
um público de alto poder
aquisitivo). A Philips iniciou
um processo de troca desses
itens que vinham da Europa
por fabricados no país, segundo a Folha apurou.
Nesse grupo, entram companhias da área alimentícia,
que ainda registram saldo
positivo de vendas no ano.
Os equipamentos usados
por essas empresas foram
foco de atenção dos fabricantes de bens de capital.
"Tentamos comprar todo o
maquinário possível no Brasil e passamos a ter nos últimos anos muito mais opções", diz Paulo Cardamone,
gerente da Bauducco.
Em outras áreas, a substituição de importados patina
há tempos. Não há grandes
pedidos de máquinas nacionais para o setor de autopeças, por exemplo. Com isso,
projetos para o desenvolvimento de equipamentos na
área estão parados, diz a Romi, fabricante de máquinas.
Segundo expositores presentes no Salão do Automóvel, que acontece em São
Paulo, o nível de investimentos da indústria de autopeças em 2002 será o mais baixo dos últimos anos.
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