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OUTRO LADO
Ministro não vê impedimento em ser conselheiro
DA SUCURSAL DO RIO
O ministro Jaques Wagner
declarou, por intermédio da
sua assessoria de imprensa,
que, quando convidado para
assumir a representação do
BNDES na Vale do Rio Doce, procurou se informar se
havia algum impedimento e
constatou que não havia.
A assessoria informou
que, além de não ver conflito
de interesse entre o cargo de
ministro e o de conselheiro,
Wagner tem conhecimento
sobre a Vale, já tendo visitado várias instalações da empresa. E que o ministro não
aceitou o cargo por causa do
salário, mas por achar a experiência importante.
O secretário nacional de
Tecnologia, Francelino
Lamy Miranda Grando, disse que foi indicado conselheiro da Copel em razão de
sua posição no Ministério de
Ciência e Tecnologia.
"A participação do BNDES
no conselho se dá porque há
dinheiro público no capital
da empresa. Ele tem direito
de assentar-se ao conselho
de administração para que o
investimento público que foi
feito tenha segmento. Não
vejo conflito de interesse na
minha indicação, já que o
BNDES é um órgão do governo", afirmou.
Grando é professor licenciado da Universidade de
São Carlos e diz que sua remuneração na Copel é similar à de professores das universidades públicas.
José Gelázio da Rocha,
conselheiro da CBEE, disse
que foi convidado para o
cargo pelo ministro do Desenvolvimento, Luiz Fernando Furlan. Rocha foi diretor da Eletrobrás, vice-presidente da Cesp (Companhia Energética de São Paulo) e ex-superintendente da
usina Itaipu Binacional.
O ex-deputado federal
Marcelo Barbieri (PMDB-SP), que ocupou o cargo de
assessor parlamentar da Casa Civil até novembro, confirmou que foi indicado para
a Inepar quando estava na
Casa Civil. Ele diz que foi escolhido por ser de Araraquara (a 277 km de São Paulo),
onde a Inepar tem hoje sua
principal base.
"Eles queriam indicar alguém que tivesse um relacionamento regional e que
pudesse apresentar a empresa", afirmou. Disse que não
informaria o salário por ser
um assunto privado e que
deixará o conselho para cuidar de assuntos particulares.
A Folha procurou os demais conselheiros. Procurada desde quinta-feira, a Casa
Civil não se manifestou. Foram deixados recados na
quinta e na sexta-feira na Secretaria Nacional de Organização do PT, em São Paulo,
mas Sílvio Pereira não respondeu. A assessoria de imprensa do Banco do Brasil
disse que a funcionária Patrícia Vivone, representante
do BNDES na Caulim da
Amazônia (grupo Caemi),
não daria declaração.
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