São Paulo, domingo, 14 de julho de 2002 |
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PAINEL S.A. Pelo ralo Naufragou anteontem, de forma estrondosa, o acordo que colocaria um ponto final na disputa entre os "Diários Associados" e os herdeiros do fundador do grupo, Assis Chateaubriand. Paulo Cabral, presidente dos "Diários", resolveu não levá-lo adiante depois de ouvir opiniões contrárias do conselho consultivo do grupo. Contrário ao pai, João Cabral, diretor-executivo, pediu demissão. Acordo O acordo, assinado pelo próprio Paulo Cabral e por Gilberto Chateaubriand, foi comunicado à Justiça na semana passada: os herdeiros de Chateaubriand desistiriam das ações contra os atuais dirigentes dos "Diários" (que estão até com os bens bloqueados). Em troca, os herdeiros receberiam R$ 185 milhões. Fundos O dinheiro seria levantado com a venda do jornal "Correio Braziliense", ou então do "Estado de Minas". Antes disso, uma primeira parcela, de R$ 4 milhões, teria de ser depositada até a próxima quarta-feira. Desconsolo Antônio Athayde e Gustavo Franco (ex-BC), que passaram um ano costurando o acordo, caíram em depressão. Sustentado Os economistas de bancos não se deixaram levar, até agora, pelas últimas turbulências do mercado. Para dezembro, a projeção é de o risco Brasil ficar abaixo dos 1.000 pontos, segundo pesquisa da Febraban de julho que será divulgada amanhã. O risco hoje está perto de 1.550. Exagero A taxa de câmbio também foi projetada em R$ 2,60, e os juros básicos, em 17% ao ano. Roberto Troster (Febraban) diz que as estimativas mostram que os mercados estão excessivamente pessimistas. Sufoco A procura pelo penhor aumentou. No primeiro semestre, a Caixa Econômica Federal registrou um total de R$ 1,55 bilhão disponibilizado com essas operações. Em 2001, o total chegou a R$ 1,22 bilhão. E-mail - guilherme.barros@uol.com.br ANÁLISE Dias contados
O superávit comercial deste
ano pode até superar a marca de
US$ 6 bilhões, na opinião do
economista Celso Toledo, da
MCM. Ele se baseia no movimento do mercado de câmbio
comercial, que funciona como
um indicador antecedente da
balança comercial. Só em junho
esse mercado registrou um superávit de US$ 3,3 bilhões. As
exportações, superiores a US$ 6
bilhões, foram recorde do Plano
Real. As importações registraram valor abaixo de US$ 3 bilhões, fato que não ocorria desde meados de 1999. Por tudo isso, somado ao fato de que os investimentos diretos estrangeiros
não parecem ter sido abalados
pela instabilidade financeira,
Toledo acha que o espaço para
novas depreciações cambiais
pode estar se reduzindo. |
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