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Corte de produção chega a 70%
DA REPORTAGEM LOCAL
A crise no mercado interno levou as montadoras a ajustarem a
produção, diminuindo a fabricação de veículos em até 70% neste
mês em relação a junho.
A Volkswagen produziu cerca
de mil veículos/dia em junho na
unidade Anchieta. Em maio, a
média era 1.400, segundo a comissão de fábrica.
A queda deve ser ainda maior
em agosto, quando a montadora
adotará quatro semanas com jornada de quatro dias nas unidades
do ABC paulista e de Taubaté.
No interior, a estimativa é que
1.050 carros (Gol e Parati) deixem
de ser fabricados por semana, segundo o sindicato dos metalúrgicos de Taubaté e região.
Na unidade da General Motors
em São Caetano, a produção vai
cair de 38 para 28 carros/hora a
partir de amanhã. Em agosto, deve passar para 18 carros/hora.
Na fábrica da GM de São José
dos Campos, a produção da picape S10, hoje em 160 unidades/dia,
deve cair para zero, por causa das
férias coletivas. Nas linhas do
Corsa e Zafira, a produção será reduzida pela metade, segundo o
sindicato dos metalúrgicos. "Há
600 trabalhadores temporários
que podem ser demitidos após o
período das férias coletivas em
agosto", diz o presidente do sindicato, Luiz Carlos Prates.
Na unidade da DaimlerChrysler
de São Bernardo do Campo, a situação difícil foi parcialmente
contornada com folgas durante
os jogos do Brasil na Copa do
Mundo. Mas a empresa já anunciou que pretende cortar 700 funcionários dentro de um programa
de reestruturação da fábrica. O
enxugamento está em estudo e
em negociação com representantes dos trabalhadores.
Na Fiat, em Minas Gerais, a crise
começou mais cedo. "Cerca de
mil funcionários entraram em férias coletivas em junho. A montadora está com estoque para 28
dias, enquanto a média é para 15",
diz Marcelino da Rocha, do sindicato dos metalúrgicos.
(CR)
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