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Nova vítima da crise, banco reabre hoje após intervenção e teme onda de saques
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Obrigado a fechar as portas
na última sexta-feira, após sofrer intervenção de autoridades
americanas, o IndyMac Bank
reabre hoje em meio a novos temores de uma corrida de correntistas para sacar recursos.
A quebra do IndyMac por falta de liqüidez -os resgates de
clientes tornaram sua situação
insustentável- é mais um sinal
de que a crise imobiliária nos
Estados Unidos continua a desestabilizar o sistema bancário.
Desde o ano passado, mutuários e empresas do setor de
imóveis nos EUA acumulam
prejuízos com a desvalorização
de bens, a queda nos negócios e
o aumento da inadimplência.
O banco reabre hoje com estatuto e nome diferentes -passará a se chamar IndyMac Federal Bank. Seu fechamento,
porém, pode vir a ser o mais
custoso da história dos EUA,
segundo a FDIC (Agência Federal de Seguradoras de Depósitos, na sigla em inglês).
O IndyMac Bank atuava no
mercado de crédito imobiliário.
Cerca de 95% dos US$ 19 bilhões depositados no banco estão segurados, o que deixa
aproximadamente US$ 1 bilhão
sem cobertura ou garantia.
Baseado na Califórnia, o
IndyMac, com ativos de US$ 32
bilhões, vem a ser a segunda
maior instituição financeira
nos EUA a fechar as portas,
precedido apenas pelo Continental Illinois National Bank &
Trust Company, em 1984.
Nos últimos tempos, o IndyMac esperava encontrar um
comprador, mas a divulgação
de um comunicado do senador
Charles Schumer, de Nova
York, expressando preocupação quanto à viabilidade do
banco, "minou a confiança do
público", segundo o OTS (Escritório de Supervisão Econômica, na sigla em inglês). Nos 11
dias depois da divulgação da
carta, os correntistas sacaram
mais de US$ 1,3 bilhão.
O IndyMac é o quinto banco
a falir neste ano, contra três em
todo o ano de 2007 e nenhum
nos dois anos anteriores.
Com agências internacionais
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