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Crédito de alto risco "detonou" início da crise
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
A crise do "subprime",
os créditos imobiliários de
alto risco, que eclodiu em
agosto do ano passado, teve origem na valorização
do mercado imobiliário
norte-americano por volta
dos anos de 2002 e 2003.
Baixas taxas de juros fizeram com que adquirir
casas parecesse um excelente negócio. Mas, à medida que mais gente investia em moradias, os preços
subiam, e as pessoas começaram a presumir que
continuariam subindo.
O boom se auto-alimentou. Os devedores começaram a assinar empréstimos que não tinham condições de pagar, e os emprestadores, a relaxar as
normas de concessão.
Por serem voltados a
clientes de maior risco, os
empréstimos subprime
têm juros maiores, atraindo fundos e bancos que
buscam retornos altos.
A compra de títulos de
instituições que fizeram o
primeiro empréstimo permite que mais dinheiro seja emprestado, antes mesmo do inicial ser pago, formando uma cadeia.
No ano passado, a inadimplência nos financiamentos lastreados em hipotecas começou a subir,
desencadeando contaminação por todo o mercado
e respingando internacionalmente, já que créditos
dos EUA podem virar ativos que rendem juros para
investidores na Europa e
outras partes do mundo.
O estopim da crise mundial veio de lá. O banco
francês BNP Paribas congelou o saque de investimentos com aplicações
em créditos de hipotecas
nos EUA, alegando dificuldades de contabilizar as
reais perdas dos fundos.
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