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Bovespa não sustenta ritmo e tem alta de apenas 0,13%
Petróleo em alta ajuda
Petrobras a subir mais de 2%
FABRICIO VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL
A alta foi tímida. Mas ao menos representou para a Bovespa a interrupção de quatro pregões seguidos de perdas. No fim
das operações de ontem a Bolsa
paulista registrava apreciação
de 0,13%, aos 54.573 pontos.
Em seu melhor momento, no
início da tarde, a Bovespa marcou valorização de 1,81%. A divulgação no recuo dos estoques
de petróleo e derivados nos Estados Unidos deu ânimo às
ações da Petrobras, embalando
a Bolsa de Valores de São Paulo.
Isso ocorreu porque o petróleo
passou a subir no mercado internacional, refletindo a possibilidade de elevação na demanda pelo produto.
O barril de petróleo terminou em alta de 2,65% em Nova
York, negociado a US$ 116. Em
Londres, o produto terminou
com elevação de 2,09%.
Para a Bolsa de Nova York, o
resultado de ontem foi de queda de 0,94% no índice Dow Jones, que reúne as 30 ações de
maior liquidez. A Bolsa de Londres caiu 1,55%.
"O relatório dos estoques nos
Estados Unidos mostrou números abaixo do esperado pelo
mercado. Esses indicadores
acabaram por levar a um reajuste das commodities", afirma
Fábio Susteras, economista do
Private Bank do Banco Real.
O que mais desagradou foi a
queda nos estoques norte-americanos de gasolina na última
semana, que tiveram a maior
baixa desde outubro de 2002.
As ações preferenciais da Petrobras, as mais negociadas da
Bolsa paulista, encerraram
com ganhos de 2,05% (chegaram a subir 3,96% no começo
da tarde); as ordinárias tiveram
alta de 2,61%.
Susteras avalia que as ações
da Petrobras "poderiam ter subido mais". Porém, os papéis
estão envoltos nas dúvidas em
relação à possibilidade de ser
criada uma nova companhia
para explorar as descobertas na
camada de pré-sal.
Além da recuperação do petróleo, que costuma ter resposta negativa do mercado norte-americano, o setor bancário
voltou a incomodar. Relatórios
pessimistas em relação ao impacto que a crise hipotecária
ainda terá sobre os resultados
do setor provocaram novas
perdas expressivas em suas
ações: Bank of America recuou
7,29%; Lehman Brothers perdeu 3,95%; Citigroup, 3,95%; e
JP Morgan Chase, 2,66%.
Outro destaque negativo foram os papéis da General Motors, que desabaram 7,57%
após a empresa ser rebaixada
pela agência internacional de
classificação de risco Moody's.
O resultado da Bolsa paulista
de ontem sofreu influência do
vencimento de opções sobre o
Ibovespa. Se não fosse esse
evento atípico, que movimentou R$ 3,25 bilhões, a Bolsa poderia ter tido um desempenho
melhor, considerando que as
ações da Petrobras e das siderúrgicas demonstraram ânimo
para se recuperarem. O giro total de ontem ficou em elevados
R$ 13,03 bilhões.
No caso dos papéis da Vale,
houve altas de 4,58% (ON) e
2,77% (PNA). As ações ordinárias da Companhia Siderúrgica
Nacional subiram 3,46%.
Já dentre as maiores desvalorizações do pregão, apareceram
ações de setores diversos, como
Gol PN (-5,63%), Perdigão ON
(-4,60%), B2W Varejo ON
(-4,42%) e Brasil Telecom PN
(-3,64%).
A queda da Bovespa no mês,
de 8,29%, ainda é bastante elevada -o que fez do mercado
acionário a pior opção de investimento até o momento.
O dólar, depois de sete pregões de alta, acabou por perder
força e encerrou as operações
com recuo de 0,62%. Vendida a
R$ 1,615, a moeda americana
ainda registra valorização expressiva de 3,33% diante do
real no acumulado do mês.
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