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Aviação executiva foca crescimento das vendas de jatos nos países emergentes
EM SÃO PAULO E
DA FOLHA ONLINE
O ritmo maior de crescimento econômico dos países emergentes mudou o foco da aviação
executiva. Representantes da
Dassault Falcon, da Embraer e
da Bombardier que estiveram
ontem na Labace (Latin American Business Aviation Conference & Exhibition) afirmaram
que esses países estão ganhando espaço na venda de jatos.
Segundo a Embraer, a perspectiva de crescimento da economia mundial é de 3,3% de
2008 a 2017. "O mundo passa a
depender menos da economia
americana", afirmou Luís Carlos Affonso, vice-presidente-executivo da Embraer para o
mercado de aviação executiva.
Esse setor cresce em um cenário de inconveniência crescente nos vôos regulares, com a
concentração de vôos em poucos aeroportos. A Embraer diz
que há 1.098 jatos na América
Latina (7% da frota mundial).
Diante do mercado aquecido,
a empresa anunciou ontem que
fará reajustes entre 3% e 5%
nos preços dos jatos Phenom-100 e Phenom-300.
John Rosanvallon, presidente da Dassault Falcon, diz que a
empresa abrirá um centro de
serviços no aeroporto de Sorocaba (SP), onde investirá US$
6,5 milhões. Será o primeiro
centro de serviços próprio fora
dos EUA e da Europa. Nos próximos quatro anos, a empresa
espera mais do que dobrar a
frota Falcon no Brasil e chegar
a 50 jatos. A Falcon atua no nicho de jatos de cabine larga.
Segundo Rosanvallon, o aumento da participação do Brasil na economia global facilita o
crescimento do mercado de
vendas de jatos. "O mercado está mudando muito nos últimos
anos. Com a crise econômica,
os EUA representam neste ano
menos de 30% do nosso mercado. O resto do mundo está crescendo muito rápido, temos visto grande desenvolvimento na
Rússia e no Oriente Médio."
Segundo ele, a América Latina representa de 8% a 10% das
vendas da empresa. A nova
fronteira para a aviação executiva, porém, é a Ásia. É a área
com maior potencial de crescimento. Ela representa 5% das
vendas da empresa -a meta é
dobrar o índice em três anos.
A Bombardier afirma que o
mercado americano sempre terá importância, mas que atualmente 70% das vendas são feitas para outros países, com destaque para o Brasil. Segundo
dados da Bombardier, a empresa tem 92 jatos vendidos no
Brasil, o equivalente a 26% da
frota nesse segmento.
(JANAINA LAGE e KAREN CAMACHO)
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