São Paulo, quinta-feira, 14 de agosto de 2008

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Aviação executiva foca crescimento das vendas de jatos nos países emergentes

EM SÃO PAULO E DA FOLHA ONLINE

O ritmo maior de crescimento econômico dos países emergentes mudou o foco da aviação executiva. Representantes da Dassault Falcon, da Embraer e da Bombardier que estiveram ontem na Labace (Latin American Business Aviation Conference & Exhibition) afirmaram que esses países estão ganhando espaço na venda de jatos.
Segundo a Embraer, a perspectiva de crescimento da economia mundial é de 3,3% de 2008 a 2017. "O mundo passa a depender menos da economia americana", afirmou Luís Carlos Affonso, vice-presidente-executivo da Embraer para o mercado de aviação executiva.
Esse setor cresce em um cenário de inconveniência crescente nos vôos regulares, com a concentração de vôos em poucos aeroportos. A Embraer diz que há 1.098 jatos na América Latina (7% da frota mundial).
Diante do mercado aquecido, a empresa anunciou ontem que fará reajustes entre 3% e 5% nos preços dos jatos Phenom-100 e Phenom-300.
John Rosanvallon, presidente da Dassault Falcon, diz que a empresa abrirá um centro de serviços no aeroporto de Sorocaba (SP), onde investirá US$ 6,5 milhões. Será o primeiro centro de serviços próprio fora dos EUA e da Europa. Nos próximos quatro anos, a empresa espera mais do que dobrar a frota Falcon no Brasil e chegar a 50 jatos. A Falcon atua no nicho de jatos de cabine larga.
Segundo Rosanvallon, o aumento da participação do Brasil na economia global facilita o crescimento do mercado de vendas de jatos. "O mercado está mudando muito nos últimos anos. Com a crise econômica, os EUA representam neste ano menos de 30% do nosso mercado. O resto do mundo está crescendo muito rápido, temos visto grande desenvolvimento na Rússia e no Oriente Médio."
Segundo ele, a América Latina representa de 8% a 10% das vendas da empresa. A nova fronteira para a aviação executiva, porém, é a Ásia. É a área com maior potencial de crescimento. Ela representa 5% das vendas da empresa -a meta é dobrar o índice em três anos.
A Bombardier afirma que o mercado americano sempre terá importância, mas que atualmente 70% das vendas são feitas para outros países, com destaque para o Brasil. Segundo dados da Bombardier, a empresa tem 92 jatos vendidos no Brasil, o equivalente a 26% da frota nesse segmento. (JANAINA LAGE e KAREN CAMACHO)


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