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Itaú fechará as 135 lojas da financeira Taií
TONI SCIARRETTA
DA REPORTAGEM LOCAL
O Itaú Unibanco decidiu
encerrar as operações da financeira Taií, empresa que
atua no crédito pessoal e ao
consumo, até o final de maio.
A Taií emprega cerca de
1.000 funcionários em 135
lojas próprias em todo o país.
O banco afirma que pretende reaproveitar a maior
parte dos funcionários em
sua rede de agências e atribui
o fechamento à reorganização da área de crédito ao consumo, após a fusão entre Itaú
e Unibanco. À época do
anúncio da fusão, em novembro, o presidente do banco,
Roberto Setubal, afirmara
que o grupo não faria demissões significativas.
Com a fusão com o Unibanco, a Taií teve sua atuação sobreposta à da Fininvest, a financeira vinda do
Unibanco. Fundada em 1961,
a Fininvest tem uma marca
mais conhecida e uma fatia
de mercado maior do que a
Taií, criada apenas em 2004
junto com a expansão do crédito no país.
A Fininvest emprega
2.500 pessoas em 13 mil pontos de venda no país. Tem
ainda 14 milhões de cartões
de crédito emitidos.
Em fevereiro, Setubal já tinha admitido que, com a fusão, a tendência do conglomerado era concentrar o crédito ao consumo na antiga financeira do Unibanco.
Além das lojas próprias, a
Taií tem pontos de venda em
redes varejistas como Extra,
Pão de Açúcar e Lojas Americanas. Nessas redes, o Itaú
manterá financeiras próprias -Financeira Itaú CDB
e Financeira Americanas
Itaú.
"O Itaú está reorganizando
seu negócio de crédito ao
consumo, com a descontinuidade do atendimento em
suas 135 lojas próprias Taií
até o final de maio. [...] O Itaú
está buscando realocação para maioria dos funcionários
em diferentes atividades no
próprio conglomerado", afirma o banco em nota.
No final do ano passado, o
Itaú já tinha fechado 10% das
lojas da Taií, quando mais de
150 vagas foram fechadas. O
banco alegava que tinha feito
um superdimensionamento
da necessidade de pontos de
atendimento da financeira,
que ainda era muito nova. A
Taií chegou a ter mais de 250
lojas próprias.
Segundo o banco, o atendimento aos clientes continuará sendo realizado por telefone. Os clientes com cartão e
limite de crédito disponível
poderão utilizar os caixas
eletrônicos do Itaú. Já o pagamento das faturas deverá
ser feito nas agências.
A maioria dos empregados
da Taií são promotores de
crédito, uma espécie de
"vendedor" de empréstimo
pessoal, com pouco tempo de
casa. Em São Paulo, os promotores não são representados pelo Sindicato dos Bancários (CUT), mas pelo chamado Sindicatão, que representa categorias como contabilistas e escriturários. A Folha não conseguiu contato
com diretores do sindicato.
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