São Paulo, quarta-feira, 15 de abril de 2009

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Itaú fechará as 135 lojas da financeira Taií

TONI SCIARRETTA
DA REPORTAGEM LOCAL

O Itaú Unibanco decidiu encerrar as operações da financeira Taií, empresa que atua no crédito pessoal e ao consumo, até o final de maio. A Taií emprega cerca de 1.000 funcionários em 135 lojas próprias em todo o país.
O banco afirma que pretende reaproveitar a maior parte dos funcionários em sua rede de agências e atribui o fechamento à reorganização da área de crédito ao consumo, após a fusão entre Itaú e Unibanco. À época do anúncio da fusão, em novembro, o presidente do banco, Roberto Setubal, afirmara que o grupo não faria demissões significativas.
Com a fusão com o Unibanco, a Taií teve sua atuação sobreposta à da Fininvest, a financeira vinda do Unibanco. Fundada em 1961, a Fininvest tem uma marca mais conhecida e uma fatia de mercado maior do que a Taií, criada apenas em 2004 junto com a expansão do crédito no país.
A Fininvest emprega 2.500 pessoas em 13 mil pontos de venda no país. Tem ainda 14 milhões de cartões de crédito emitidos.
Em fevereiro, Setubal já tinha admitido que, com a fusão, a tendência do conglomerado era concentrar o crédito ao consumo na antiga financeira do Unibanco.
Além das lojas próprias, a Taií tem pontos de venda em redes varejistas como Extra, Pão de Açúcar e Lojas Americanas. Nessas redes, o Itaú manterá financeiras próprias -Financeira Itaú CDB e Financeira Americanas Itaú.
"O Itaú está reorganizando seu negócio de crédito ao consumo, com a descontinuidade do atendimento em suas 135 lojas próprias Taií até o final de maio. [...] O Itaú está buscando realocação para maioria dos funcionários em diferentes atividades no próprio conglomerado", afirma o banco em nota.
No final do ano passado, o Itaú já tinha fechado 10% das lojas da Taií, quando mais de 150 vagas foram fechadas. O banco alegava que tinha feito um superdimensionamento da necessidade de pontos de atendimento da financeira, que ainda era muito nova. A Taií chegou a ter mais de 250 lojas próprias.
Segundo o banco, o atendimento aos clientes continuará sendo realizado por telefone. Os clientes com cartão e limite de crédito disponível poderão utilizar os caixas eletrônicos do Itaú. Já o pagamento das faturas deverá ser feito nas agências.
A maioria dos empregados da Taií são promotores de crédito, uma espécie de "vendedor" de empréstimo pessoal, com pouco tempo de casa. Em São Paulo, os promotores não são representados pelo Sindicato dos Bancários (CUT), mas pelo chamado Sindicatão, que representa categorias como contabilistas e escriturários. A Folha não conseguiu contato com diretores do sindicato.


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