São Paulo, quarta-feira, 15 de abril de 2009

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Brasileiro gasta em média R$ 16 no almoço, diz pesquisa

Levantamento considera uma refeição com sobremesa, bebida e cafezinho em restaurantes que aceitam tíquete e vale-refeição

TATIANA RESENDE
DA REDAÇÃO

Para comer salada, prato principal, bebida não alcoólica, sobremesa e cafezinho, o trabalhador brasileiro gasta, em média, R$ 16,26 no almoço, segundo levantamento em 2.252 estabelecimentos do país que aceitam tíquete e vale-refeição.
A pesquisa foi encomendada pela Assert (Associação das Empresas de Refeição e Alimentação Convênio para o Trabalhador) à Ipsos. Entre as 22 cidades analisadas, Vitória (R$ 20,94) e Cuiabá (R$ 20,65) aparecem com os maiores preços. Para Artur Almeida, presidente da entidade, isso se deve à menor quantidade de restaurantes desse tipo no local. "Em São Paulo [R$ 15,96], a concorrência faz com que os preços sejam menores", destaca, lembrando que o tíquete médio fornecido pelas empresas no país é de R$ 10.
O levantamento anterior, feito em outubro e novembro de 2007, contabilizou gastos em torno de R$ 14,87 no almoço.
Segundo o presidente da Abrasel (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes), Paulo Solmucci, houve 5% de aumento real no faturamento do setor no primeiro trimestre no confronto com igual período em 2008. Em restaurantes em áreas turísticas, chegou a 12%.
Assim como nas vendas de supermercados, o motivo é a sobra no orçamento por causa do adiamento na compra de bens duráveis devido à crise.
Solmucci descarta diminuição nos preços, já que a margem de lucro foi reduzida no ano passado com a inflação de alimentos como feijão e arroz, mas afirma que não deve haver alta nos preços das refeições.
As empresas tributadas pelo lucro real podem abater até 4% do Imposto de Renda devido se subsidiarem a refeição do funcionário e se inscreverem no PAT (Programa de Alimentação do Trabalhador). Todas, incluindo micro e pequenas, têm isenção de encargos sociais sobre o valor da alimentação fornecida. Atualmente, há 109 mil empresas inscritas e 11,5 milhões de trabalhadores beneficiados, dos quais 79% recebem até cinco salários mínimos.
"A crise não afetou o programa", diz a coordenadora do PAT, Maria Flor de Lys, referindo-se à manutenção no número de adesões. A renúncia fiscal do governo federal com os incentivos, que foi de R$ 321 milhões em 2008, deve chegar a R$ 489 milhões neste ano.


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