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Brasileiro gasta em média R$ 16 no almoço, diz pesquisa
Levantamento considera uma refeição com sobremesa, bebida e cafezinho em restaurantes que aceitam tíquete e vale-refeição
TATIANA RESENDE
DA REDAÇÃO
Para comer salada, prato
principal, bebida não alcoólica,
sobremesa e cafezinho, o trabalhador brasileiro gasta, em média, R$ 16,26 no almoço, segundo levantamento em 2.252 estabelecimentos do país que
aceitam tíquete e vale-refeição.
A pesquisa foi encomendada
pela Assert (Associação das
Empresas de Refeição e Alimentação Convênio para o
Trabalhador) à Ipsos. Entre as
22 cidades analisadas, Vitória
(R$ 20,94) e Cuiabá (R$ 20,65)
aparecem com os maiores preços. Para Artur Almeida, presidente da entidade, isso se deve
à menor quantidade de restaurantes desse tipo no local. "Em
São Paulo [R$ 15,96], a concorrência faz com que os preços
sejam menores", destaca, lembrando que o tíquete médio
fornecido pelas empresas no
país é de R$ 10.
O levantamento anterior, feito em outubro e novembro de
2007, contabilizou gastos em
torno de R$ 14,87 no almoço.
Segundo o presidente da
Abrasel (Associação Brasileira
de Bares e Restaurantes), Paulo
Solmucci, houve 5% de aumento real no faturamento do setor
no primeiro trimestre no confronto com igual período em
2008. Em restaurantes em
áreas turísticas, chegou a 12%.
Assim como nas vendas de
supermercados, o motivo é a
sobra no orçamento por causa
do adiamento na compra de
bens duráveis devido à crise.
Solmucci descarta diminuição nos preços, já que a margem de lucro foi reduzida no
ano passado com a inflação de
alimentos como feijão e arroz,
mas afirma que não deve haver
alta nos preços das refeições.
As empresas tributadas pelo
lucro real podem abater até 4%
do Imposto de Renda devido se
subsidiarem a refeição do funcionário e se inscreverem no
PAT (Programa de Alimentação do Trabalhador). Todas, incluindo micro e pequenas, têm
isenção de encargos sociais sobre o valor da alimentação fornecida. Atualmente, há 109 mil
empresas inscritas e 11,5 milhões de trabalhadores beneficiados, dos quais 79% recebem
até cinco salários mínimos.
"A crise não afetou o programa", diz a coordenadora do
PAT, Maria Flor de Lys, referindo-se à manutenção no número de adesões. A renúncia
fiscal do governo federal com
os incentivos, que foi de R$ 321
milhões em 2008, deve chegar
a R$ 489 milhões neste ano.
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