São Paulo, quarta-feira, 15 de abril de 2009

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Goldman Sachs quer quitar dívida com o governo

DA REDAÇÃO

Em uma tentativa de se livrar dos controles governamentais, o Goldman Sachs quer agora pagar os empréstimos contraídos junto ao governo dos Estados Unidos, após registrar ganhos de US$ 1,66 bilhão no primeiro trimestre deste ano.
No ano passado, o Goldman Sachs recebeu US$ 10 bilhões do programa do Tesouro de resgate ao setor financeiro para atravessar a crise. O banco anunciou que pretende agora emitir US$ 5 bilhões em ações como parte da tentativa de levantar capital para quitar a dívida.
Em uma teleconferência ontem, David Viniar, vice-presidente de finanças do Goldman Sachs, disse que nunca encarou o dinheiro do governo como capital de longo prazo para o banco.
"Nós vemos como nosso dever a devolução dos recursos desde que possamos fazer isso sem impactar nossas finanças", afirmou.
O Goldman Sachs não detalhou as razões para devolver o empréstimo do Tesouro, mas Viniar, em uma conferência em fevereiro passado, tocou na questão.
"Nós achamos que operar nossos negócios sem o capital do governo seria mais fácil", afirmou. "Nós estaríamos sob menor escrutínio e menor pressão. Não que ficaríamos sem fiscalização; nós ainda estaremos sob fiscalização", disse, na ocasião.
O lucro de líquido de US$ 1,66 bilhão (US$ 3,39 por ação) no primeiro trimestre superou as previsões dos analistas, que esperavam ganhos de US$ 1,64 por ação.

Com agências internacionais


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