São Paulo, domingo, 15 de junho de 2003 |
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PAINEL S.A. Em queda 1 Os economistas de bancos reduziram pelo terceiro mês consecutivo as projeções para a inflação no ano, segundo a pesquisa mensal da Febraban, que será divulgada amanhã. No levantamento de junho, a estimativa é que o IPCA fique em 12% em 2003. Em queda 2 A taxa do dólar médio projetada para dezembro cedeu para R$ 3,23. Na pesquisa de maio, era de R$ 3,30. Já a estimativa do risco Brasil para o fim do ano caiu para 699 pontos, contra a projeção anterior de 724 pontos. Juros versus PIB Quanto à taxa Selic, a expectativa é que em dezembro atinja 21,24% ao ano. Antes, a estimativa era de 21,56%. Já o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) no ano foi revisto de 1,89% para 1,81%. Mas, de acordo com a pesquisa da Febraban, em 2004 o PIB pode crescer 3,12%. Sacrifício Roberto Luís Troster (Febraban) diz que as avaliações feitas em junho indicam um sacrifício maior da economia neste ano em benefício de um crescimento mais sustentado e maior a partir de 2004. A pesquisa foi feita com 62 economistas de bancos. Força-tarefa Luiz Fernando Furlan (Desenvolvimento) irá anunciar amanhã, na reunião do fórum permanente das micro e pequenas empresas, a criação de um grupo interministerial para ampliar a participação do setor nas compras governamentais. Saída A retração tem empurrado cada vez mais as empresas para o comércio exterior. A AEB destaca os seguintes setores: mel natural, maçãs frescas, carne de peru e camarão congelado. Alta competitividade Mais de 25 mil acessos foram registrados no simulador de competitividade do site da Fiesp, em nove meses do serviço. As empresas brasileiras comparam seu desempenho ao das concorrentes dos EUA, Canadá e México. E-mail - guilherme.barros@uol.com.br ANÁLISE Alvo certo
O Brasil precisa redirecionar
suas exportações para continuar
a ganhar espaço no comércio
exterior, diz Júlio Sérgio de Almeida, do Iedi. Segundo pesquisa do instituto, mais da metade
do crescimento do saldo comercial brasileiro, neste ano, aconteceu em setores nos quais há uma
retração no comércio mundial.
Entre os exemplos: a madeira, a
celulose e o papel, o açúcar, minério de ferro e calçados. "Qualquer aumento nas exportações é
válido, mas o Brasil precisa verificar em que setores será mais
viável continuar a crescer as
vendas", afirma. "O protecionismo de países desenvolvidos
atrapalha as exportações. Mas o
Brasil também deixou de investir em segmentos com grande
potencial de consumo no mercado internacional."
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