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Crise transforma personal trainer em 'group trainer'
DA REPORTAGEM LOCAL
A união faz a força. E a economia. De um ano e meio para cá, o
caro serviço dos personal trainers,
que cobram de R$ 60 a R$ 70 por
hora, passou a ser prestado também para duas ou até três pessoas
no mesmo horário.
O desconto é o chamariz: quem
divide o tempo desse tipo de profissional paga em média R$ 45.
Ajuda dos dois lados: dos personal trainers, que têm mais demanda -escassa nos últimos
tempos- e dos clientes, que assim podem
bancar o valor.
É o caso das amigas
Sílvia Lee, 28, e Yong
Oh, 30, que duas vezes
por semana interrompem a rotina para cuidar do corpo. Ambas
têm lojas que vendem
roupas femininas e
vêm sentindo a queda
no movimento de 2002
para cá.
"Sou casada. Depois
que vieram os filhos os
gastos aumentaram
bastante. Hoje não poderia pagar um personal trainer se não dividisse com a
Sílvia", diz Oh.
Foi Lee, que quer entrar em forma para o casamento nos próximos meses, quem chamou a amiga. "A questão financeira pesou
bastante, já que a situação está difícil nos últimos tempos. E ao
mesmo tempo eu não queria fazer
aula sozinha", diz.
O personal trainer das duas,
Marcelo Casemiro, 35, trabalha
há quatro anos no segmento e
afirma que essa também é uma
forma de os profissionais se sustentarem no mercado.
"O desconto traz novos alunos.
Além disso, não há perda no rendimento dos alunos. Fazer exercícios em grupo é uma excelente
forma de estímulo", acredita.
A maioria dos casos de alunos
que dividem o personal trainer e a
conta, diz Casemiro, é formada
por casais ou amigos.
(MAELI PRADO)
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