São Paulo, domingo, 16 de maio de 2004

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População dispara com construção da hidrelétrica

DA AGÊNCIA FOLHA, EM CURITIBA

Quando o governo militar decidiu construir Itaipu, no início da década de 70, Foz do Iguaçu (PR), na Tríplice Fronteira do Brasil com o Paraguai e a Argentina, tinha 33.966 habitantes. Passados 30 anos, o Censo de 2000 contou uma população de 258.368 pessoas.
A construção da usina foi determinante na explosão demográfica da cidade. A população de quase 40 mil habitantes dobrou assim que os barrageiros chegaram a Foz e se instalaram na obra. Tanto que, uma década depois, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) registrava salto da população para 136.321 habitantes.
Itaipu paga royalties ambientais pela área que tomou de 15 municípios da região para a formação do lago. O repasse, entretanto, não estaria pagando a dívida social que a barragem provocou. Terminada a obra, e por falta de outra opção do mesmo porte, a maior parte dos operários sem qualificação permaneceu na cidade, formando as primeira favelas.
Hoje, boa parte dos descendentes disputa espaço na ponte da Amizade -que liga o Brasil ao Paraguai-, no contrabando de muambas. A formação do lago também provocou êxodo no campo.



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