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Empresas aéreas vendem anúncios em bilhete
DA ASSOCIATED PRESS
Diversas das grandes companhias de aviação norte-americanas começarão a veicular publicidade em cartões de embarque para passageiros que fazem
seu check in de casa. Os passageiros poderão imprimir os
cartões de embarque sem a publicidade, caso prefiram.
A Sojern, que está vendendo
a publicidade, e a Delta Air Lines começaram a usar os cartões de embarque com publicidade ontem, em vôos para Las
Vegas, e logo em seguida a medida valerá para outras rotas.
As concorrentes Northwest,
US Airways, Continental Airlines e United Airline começarão
a usar o sistema nos próximos
meses, segundo a Sojern.
As companhias aéreas detêm
uma participação minoritária
na Sojern e dividirão com a empresa a receita dos anúncios.
Nenhum dos grupos envolvidos informou o quanto espera
faturar com o sistema. Mas a
Northwest Airlines disse que
40% dos check ins da empresa
são realizados on-line, o que representa cerca de 30 milhões
de passageiros ao ano. Ela espera faturar milhões de dólares
com essa publicidade.
Os viajantes que fazem check
in de casa verão seu cartão de
embarque acompanhado de informações sobre seu destino,
como o clima, os restaurantes e
as atrações na cidade para a
qual estão voando. A Sojern informou que manterá o tamanho do cartão de embarque limitado a uma página impressa,
o mesmo dos atuais bilhetes
sem publicidade.
A empresa não personalizará
os anúncios, por enquanto, mas
pode começar a fazê-lo no futuro, disse Gordon Whitten, presidente-executivo da Sojern.
Ele afirmou que sua companhia já manteve contato com
outras empresas de aviação sobre a venda de publicidade em
cartões de embarque.
Os anúncios em cartões de
embarque são apenas o mais
recente esforço das companhias a fim de ajudar a levantar
mais dinheiro e compensar a
disparada nos custos do combustível de aviação. Muitas delas já demitiram funcionários,
promoveram reduções de capacidade e aumentaram as tarifas
pagas pelos passageiros, introduzindo taxa para embarcar
mais de uma mala e cobrança
pelas bebidas não-alcoólicas,
entre outras medidas.
Segundo relatório da agência
Fitch Ratings, as medidas tomadas pelas empresas aéreas
americanas devem ser insuficientes para diminuir os custos
provocados pelo aumento nos
preços dos combustíveis. Várias delas poderão pedir concordata no ano que vem, de
acordo com a Fitch.
As companhias de aviação
podem perder mais de US$ 6,1
bilhões neste ano devido aos altos preços do petróleo, segundo
a Iata (associação mundial que
reúne as empresas aéreas).
Tradução de PAULO MIGLIACCI
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