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BB conta com aquisição da Nossa Caixa ainda em 2008
Nas próximas semanas, o Banco do Brasil espera acertar o valor da operação
Lucro do BB no semestre,
que foi de R$ 3,99 bi, perde
para os resultados de Itaú
e Bradesco; crédito à pessoa
física sobe 45% e é destaque
FABRICIO VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL
O Banco do Brasil espera
conseguir concluir até o fim de
2008 as operações de incorporação da Nossa Caixa e do Besc
(Banco do Estado de Santa Catarina). A expectativa de Antônio Francisco Lima Neto, presidente do BB, é que até o fim
de novembro seja possível fechar o aguardado negócio de
aquisição da Nossa Caixa.
No caso do Besc, o executivo
projeta que a conclusão se dê
ainda em outubro.
Encerrado o processo de avaliação do banco paulista, o BB
planeja chegar a um valor para
o negócio nas próximas semanas. "Estamos bem aparelhados e certos da possibilidade de
incorporação. Vamos começar
a negociar preços nas próximas
semanas", afirmou Lima Neto,
que não quis comentar valores.
Na mira do BB, também estão os bancos BEP (Banco do
Estado do Piauí) e o BRB (Banco de Brasília).
A expectativa pelo negócio
tem se refletido nas ações da
Nossa Caixa, que acumulam
forte valorização de 72,52% na
Bovespa em 2008. Isso em um
ano que tem sido bastante ruim
para o mercado acionário brasileiro -a Bolsa tem perda de
15,09% acumulada no ano. Já
os papéis ordinários do Banco
do Brasil têm seguido a rota da
Bolsa e estão com perdas de
25,14% no ano.
Para concretizar a operação,
o caminho a ser tomado pelo
BB será o de emitir novas ações
na Bolsa de Valores.
"Surpreende a velocidade
com que a operação entre o BB
e a Nossa Caixa tem ocorrido.
Se a venda da Nossa Caixa tivesse contemplado a participação de outros bancos, o que não
houve, o negócio com certeza
levaria um prazo mais longo
para se desenvolver", afirma
Luis Miguel Santacreu, analista
financeiro da consultoria Austin Rating.
Quando o negócio veio a público, os grandes bancos privados criticaram a forma como vinha sendo conduzido, defendendo a realização de um leilão
para a venda da instituição estatal, como ocorreu com o Banespa em 2000.
A diferença de tamanho da
Nossa Caixa e do BB é bastante
elevada. Enquanto o banco
paulista encerrou o semestre
com um total de ativos de R$ 54
bilhões, o BB conta com R$
416,5 bilhões em ativos.
A carteira de crédito das duas
instituições ilustra ainda mais
as diferenças: enquanto a carteira total do BB superou R$
200 bilhões, a da Nossa Caixa
marcava R$ 10,59 bilhões no
fim do semestre.
Em seu resultado do segundo
trimestre, chamou a atenção a
expansão vigorosa do crédito à
pessoa física no BB, que cresceu 45% em 12 meses, para encerrar junho a R$ 40,5 bilhões.
"Um dado importante é que a
inadimplência tem se mantido
constante, enquanto a carteira
de crédito cresce", disse Aldo
Mendes, vice-presidente da
instituição.
O BB registrou lucro de R$
3,99 bilhões no primeiro semestre do ano. O resultado do
banco estatal foi menor que o
obtido pelos gigantes Bradesco
(R$ 4,105 bilhões) e Itaú (R$
4,084 bilhões) nos primeiros
seis meses de 2008.
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