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NA CONTRAMÃO
Mastercard, Philip Morris, McDonald's e Glaxo festejam resultados
Mesmo com a crise, múltis ampliam vendas e crescem
DE WASHINGTON
Na contramão do pessimismo
que domina o mundo corporativo norte-americano, algumas
companhias anunciaram que
2002 foi um bom ano para fazer
negócios no Brasil.
A operadora de cartão de crédito Mastercard registrou um "desempenho extremamente positivo" no México e no Brasil, principalmente durante o terceiro trimestre. Os usuários de cartões
nesses dois países contribuíram
para que a empresa obtivesse o
crescimento de 26,3% no volume
de dólares nos nove primeiros
meses deste ano.
Uma indústria cujas operações
cresceram no Brasil foi a Philip
Morris. Segundo balanço apresentado à SEC (CVM norte-americana), o volume de vendas foi
negativo no México e, surpreendentemente, positivo na Argentina e no Brasil.
Segundo o analista Fernando
Carneiro, consultor sênior da Institutional Shareholder Services, o
resultado se deve não apenas ao
maior consumo de cigarros mas
também ao aumento das exportações, a partir do Brasil e da Argentina, estimuladas pela desvalorização cambial.
A rede McDonald's também teve um resultado positivo no Brasil
em 2002, principalmente no terceiro trimestre, considerado por
ela seu "melhor trimestre em
anos" em vendas no país.
A gigante farmacêutica GlaxoSmithKline registrou "crescimento
forte" no Brasil devido às vendas
do medicamento Infanrix, para
difteria e tétano. No México, as
vendas da companhia caíram.
As operações da GlaxoSmithKline no Brasil contribuíram em
parte para o crescimento de 6%
das vendas do laboratório ao redor do mundo.
Além dessas quatro companhias, outras, de menor porte,
também conseguiram lucrar em
2002, beneficiadas por fatores
muito específicos. Uma delas é a
Diebold, conhecida no Brasil por
ter vencido a licitação do Tribunal
Superior Eleitoral para a fabricação das urnas eletrônicas em 1998
e 2000. Em 2002, a empresa obteve um contrato de US$ 25 milhões
para fornecer máquinas eletrônicas para bancos no Brasil. Esse
contrato proporcionou em parte
um resultado global positivo para
a empresa.
A Nextel Brazil, que fornece serviços integrados e produtos de comunicação digital, registrou um
fluxo de caixa operacional positivo (US$ 5 milhões) no terceiro trimestre de 2002. Esse resultado indica uma melhora em seu desempenho. No terceiro trimestre 2001,
a empresa havia registrado um
prejuízo operacional de US$ 20,3
milhões.
(MARCIO AITH)
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