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Contribuição é obrigatória em poucos países
DA REPORTAGEM LOCAL
Sindicatos europeus e
americanos mantêm suas
estruturas principalmente
com a arrecadação de mensalidades de sócios. Em poucos países, como Equador e
Egito, existe a contribuição
obrigatória para manter os
sindicatos, como no Brasil.
"O sindicalismo europeu é
mil vezes mais exigente e vociferante. Lá eles falam em
nome dos sócios. Por isso
eles têm representatividade.
Ninguém é obrigado a pagar
contribuição compulsória",
diz Fernando Moro, advogado trabalhista.
Para Arnaldo Nogueira,
professor da Faculdade de
Economia e Administração
da USP, os sindicatos fora do
país se modernizaram, buscaram fontes de renda alternativas. "Aqui, no Brasil, como a renda é garantida, houve acomodação. Os sindicatos são burocráticos e corporativistas", afirma.
Na Alemanha, os sindicatos são até donos de bancos
-isto é, têm investimentos
que são também fontes de
arrecadação, além das mensalidades pagas pelos sócios.
"Os alemães têm apenas
oito sindicatos para defender os trabalhadores. No
Brasil, há um número excessivo de sindicatos. Esse número só cresce porque beneficia alguns dirigentes", afirma Cássio Mesquita de Barros, professor da USP. Já na
Espanha, diz, o dinheiro que
sustenta os sindicatos vem
do Orçamento do Estado.
O Brasil também não está
sozinho na cobrança de taxas assistenciais. Nos sindicatos da Argentina, da Colômbia, da Grécia e do Reino
Unido, a cobrança dessa
contribuição é admitida,
mas não é obrigatória. Só
que nesses países não existe
a contribuição compulsória.
(FF e CR)
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