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Obras públicas ampliam espaço na construção civil
Encomendas em 2006 somaram 42,6% do total, diz IBGE
PEDRO SOARES
DA SUCURSAL DO RIO
As obras públicas ganharam
espaço na construção civil, revela a Pesquisa Anual da Indústria da Construção, do IBGE. O
valor das obras encomendadas
por Estados, municípios e
União somou R$ 47,1 bilhões
-42,6% do total (R$ 110,7 bilhões) em 2006. O percentual
em 2005 era menor: 40,3%.
De 2005 a 2006, o crescimento nominal do valor das
obras públicas (sem descontar
a inflação) ficou em 19,3% e impulsionou o setor da construção voltado à infra-estrutura
-alta de 20,5%. Com isso, as
obras de infra-estrutura também ganharam peso -de 36%
para 37% do total.
No total, a construção teve
alta nominal de 13% em valor
de obras. Para todo o setor o IBGE calculou crescimento real
de 7,1% -não há índices de preços específicos para os subsetores da construção.
Segundo Sílvio Sales, coordenador de Indústria do IBGE, o
bom desempenho da construção se manteve em 2007 e deve
repetir a tendência neste ano.
Os dados do PIB do setor divulgados apontam a trajetória: alta
de 5% em 2007 e de 8,8% nos
três primeiros meses do ano.
Os fatores que alavancaram o
setor permanecem, diz. Sales
citou a maior oferta de crédito
imobiliário, o crescimento da
renda familiar e a redução de
tributos sobre material de
construção. Os recursos da
poupança destinados ao financiamento habitacional subiram
de R$ 9,2 bilhões em 2006 para
R$ 17 bilhões em 2007.
Sales disse ainda que o lançamento do PAC (Plano de Aceleração do Crescimento) em
2007 deve ter alavancado o setor especialmente em obras de
infra-estrutura, o que tende a
ampliar a participação do setor
público no valor total das obras.
"Em 2006, já existiu uma série de estímulos. Em 2007, veio
o PAC, que nos leva a imaginar
que o avanço da construção seja ainda maior. O crédito também tem potencial de impulsionar ainda mais o setor."
As obras de infra-estrutura
que mais cresceram em 2006
foram rodovias, pontes e túneis
e dutos. As residenciais tiveram
crescimento nominal de 9,4%.
Nas comerciais e industriais, a
alta foi de 20,2%.
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