São Paulo, sábado, 19 de julho de 2008

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COMÉRCIO INTERNACIONAL

"Contencioso das bananas" aumenta dúvidas sobre Doha

DA REDAÇÃO

Falhou o último canal de negociação na Organização Mundial do Comércio para resolver a arrastada disputa sobre a importação européia de bananas da América Latina. A questão pontual pode até ameaçar o êxito da reunião ministerial, que se inicia na segunda-feira, para destravar a Rodada Doha.
Representantes da União Européia argumentam que os latino-americanos rejeitaram a solução de compromisso do diretor-geral da OMC, Pascal Lamy. Segundo um diplomata do Equador -maior exportador mundial de bananas-, os produtores ainda querem negociar e um acordo pode ser delineado antes da reunião ministerial.
A UE dá acesso livre de impostos a bananas produzidas em ex-colônias européias da África e do Pacífico. Europeus ofereceram corte da tarifa para os demais fornecedores de até 176 por tonelada, mas os latino-americanos ainda consideram a cobrança alta demais. A solução de Lamy previa queda gradativa na tarifa até 116, em 2015, com corte inicial de 26, em troca de uma "cláusula de paz" -latino-americanos deveriam retirar os processos na OMC e não questionar mais o tema. A Colômbia aceitou, mas, para outros produtores, os números são injustos.
O Brasil consta como terceira parte no contencioso, não atuando como demandante direto. Segundo o Itamaraty, o país "tenta contribuir para o consenso, com posição favorável aos latino-americanos" e tem interesse de que se chegue "a bom termo, de forma que a questão não dificulte acordos em outras áreas". (MARCELA CAMPOS)


Com agências internacionais

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