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COMÉRCIO INTERNACIONAL
"Contencioso das bananas" aumenta dúvidas sobre Doha
DA REDAÇÃO
Falhou o último canal de
negociação na Organização
Mundial do Comércio para
resolver a arrastada disputa
sobre a importação européia
de bananas da América Latina. A questão pontual pode
até ameaçar o êxito da reunião ministerial, que se inicia
na segunda-feira, para destravar a Rodada Doha.
Representantes da União
Européia argumentam que
os latino-americanos rejeitaram a solução de compromisso do diretor-geral da
OMC, Pascal Lamy. Segundo
um diplomata do Equador
-maior exportador mundial
de bananas-, os produtores
ainda querem negociar e um
acordo pode ser delineado
antes da reunião ministerial.
A UE dá acesso livre de impostos a bananas produzidas
em ex-colônias européias da
África e do Pacífico. Europeus ofereceram corte da tarifa para os demais fornecedores de até 176 por tonelada, mas os latino-americanos ainda consideram a cobrança alta demais. A solução de Lamy previa queda
gradativa na tarifa até 116,
em 2015, com corte inicial de
26, em troca de uma "cláusula de paz" -latino-americanos deveriam retirar os
processos na OMC e não
questionar mais o tema. A
Colômbia aceitou, mas, para
outros produtores, os números são injustos.
O Brasil consta como terceira parte no contencioso,
não atuando como demandante direto. Segundo o Itamaraty, o país "tenta contribuir para o consenso, com
posição favorável aos latino-americanos" e tem interesse
de que se chegue "a bom termo, de forma que a questão
não dificulte acordos em outras áreas".
(MARCELA CAMPOS)
Com agências internacionais
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