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Mercado Aberto
GUILHERME BARROS - guilherme.barros@uol.com.br
Importados chineses afetam plástico nacional
A entrada de produtos chineses no mercado brasileiro está
afetando a rentabilidade da indústria do plástico. O real valorizado e a carga tributária menor favorecem o avanço dos
importados da China, com preços mais competitivos que os
produtos transformados de
plástico produzidos no Brasil. A
conclusão é do presidente da
Abiplast (Associação Brasileira
da Indústria do Plástico), Merheg Cachum.
A compra de produtos de
plástico da China subiu 57,45%
em valores no primeiro semestre deste ano na comparação
com o mesmo período de 2007,
atingindo US$ 135 milhões e 47
mil toneladas, de acordo com
dados da Abiplast. O crescimento da importação da China
foi maior que o aumento total
de importados, de 31,7%, que
atingiram US$ 1,1 bilhão.
Com apenas US$ 4 milhões
exportados à China, o déficit
comercial no período chegou a
US$ 131 milhões ou 46 mil toneladas de plástico. Segundo
ele, os produtos de plástico que
o Brasil vende à China são matérias-primas que o país compra de todo o mundo para
transformar em manufaturados. Já os importados chineses
são produtos que também são
fabricados no país, o que afeta a
indústria nacional. "Cada produto que entra é um produto a
menos produzido no Brasil."
No ano passado, a China foi o
segundo maior vendedor de
plástico ao Brasil, com 11,26%
do valor total importado. Em
1998, os importados chineses
estavam em décimo lugar, com
2,51%. Já as exportações de
plástico brasileiro à China somaram apenas 0,94% do valor
adquirido pelo país em 2007.
Com o câmbio favorável à
importação e uma carga tributária maior que a chinesa, os
empresários brasileiros não
conseguem competir em preço
e estão perdendo mercado para
os chineses, afirma Cachum.
Segundo ele, esses fatores já
motivaram algumas empresas
nacionais a produzirem plástico na China, deixando de gerar
emprego e renda no país. "Espero que não seja uma tendência, mas é um movimento perigoso, que acende a luz amarela
de alerta."
ESTRÉIA
Allen Bohbot, presidente da produtora americana BKN
International AG, e Laura Tapias, diretora da empresa
para a América Latina, vêm ao Brasil para lançar hoje os
primeiros desenhos animados do estúdio no país. A produtora fez parceria com a brasileira ITC Licensing para
comercializar as novas séries. Entre os desenhos que serão lançados, estão "Zorro Geração Z" e "Os Caçadorks".
NA GAROA
Luis Eduardo Assis acaba
de assumir uma diretoria recém-criada pelo HSBC para
alavancar a integração das
operações na América Latina. Assis trabalhou nos últimos 12 meses em Londres e
agora se muda para São Paulo. A principal missão da diretoria será consolidar os
negócios nos 14 países em
que o HSBC atua na região.
Os focos da diretoria serão
Argentina, Brasil, México e
Panamá.
É A CRISE
A General Motors deixará de patrocinar o Emmy e o
Oscar para reduzir custos, diz o jornal "Detroit News". A
montadora estava entre os principais patrocinadores da
entrega de prêmios da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, com US$ 97 milhões gastos de 1998 a
2007. A GM teve o terceiro maior prejuízo da história no
segundo trimestre, com perdas de US$ 15,5 bilhões.
EM CASA
Os empreendimentos
imobiliários foram os que
mais cresceram em número
de empresas listadas na Bolsa de julho de 2007 até o mês
passado, segundo o guia
anual da IMF Editora, que
será lançado amanhã. Dos
64 IPOs realizados no ano
passado, 13 foram de empresas do setor.
DIGITAL
O Itaú oferecerá aos clientes uma solução criada para
o iPhone. Será possível acessar a conta, ver indicadores
de mercado e localizar as
agências e os caixas eletrônicos mais próximos. Para ter
acesso ao serviço, o cliente
do banco deve digitar no
aparelho o endereço www.itau.com.br/mobile.
com JOANA CUNHA, VERENA FORNETTI e MARINA GAZZONI
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