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SP volta a pedir à Petrobras ampliação da oferta de gás
AGNALDO BRITO
DA REPORTAGEM LOCAL
A secretária de Energia de
São Paulo, Dilma Pena, e a
Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo)
entregaram na última sexta-feira à diretora de Gás e Energia da Petrobras, Graça Foster,
novo pedido de ampliação da
oferta de gás natural para o setor industrial paulista.
São Paulo quer que a Petrobras feche um compromisso de
oferta adicional de gás até 2010.
O objetivo é conseguir as mesmas garantias de fornecimento
de combustível obtidas pela
Aneel (Agência Nacional de
Energia Elétrica). Pelo acordo,
a Petrobras é obrigada a disponibilizar gás para a geração térmica caso necessário. Além disso, o Estado negocia um acordo
para assegurar fatia da produção do campo de Mexilhão, localizado na bacia de Santos, para o setor industrial paulista.
A situação em São Paulo é de
asfixia. A Comgás, maior concessionária de distribuição de
gás natural do país, suspendeu
todas as negociações de aumento de oferta com o setor industrial. A Fiesp tem sido pressionada por setores industriais
interessados em investimentos
no Estado, mas vetados devido
à falta de garantias de fornecimento de gás. Entre os setores
com mais problemas, estão as
indústrias vidreira, produtora
de fertilizante e ceramista.
Demanda
O governo de São Paulo afirma que o Estado precisa de 3
milhões a 4 milhões de metros
cúbicos de gás por dia para
atender a atual demanda. As
negociações com a Petrobras
ainda não foram fechadas. A intenção é conseguir algum volume que pode chegar a 1 milhão
de metros cúbicos de gás natural por dia até 2010.
A partir dessa data, a Petrobras promete ter em operação a
plataforma do megacampo de
gás de Mexilhão, na bacia de
Santos. O campo tem potencial
importante, com perspectiva
de produção de até 15 milhões
de metros cúbicos por dia. O temor de São Paulo é que a exigência de geração elétrica
-obrigação da Petrobras- desvie toda a produção de Mexilhão para a produção de energia
elétrica.
A Folha apurou que a intenção de São Paulo é obter da Petrobrás um compromisso semelhante àquele negociado
com a Aneel. Com a garantia de
fornecimento de 3 milhões a 4
milhões de metros cúbicos por
dia, o setor industrial pode retomar os projetos de investimento, algo que neste momento foi suspendo ante as incertezas quanto à oferta real de gás
natural.
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