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Volume de papel reciclado recua 13% na Klabin
DA REPORTAGEM LOCAL
A indústria de papelão e
papel é a que tem registrado
maior retração no processamento de resíduos sólidos,
devido à paralisação da economia. Isso contribuiu para
a queda no preço de resíduos pagos aos catadores.
A Klabin, por exemplo, diminuiu nos últimos dois
meses em 13% o volume de
papelão e papel reciclados
nas suas quatro fábricas
montadas para isso.
Em 2002, a Klabin reciclou
400 mil toneladas de papel e
papelão. "Ainda não temos
noção de quanto será o total
em 2003, mas as encomendas de embalagens, como
papelão, caíram 15% nos últimos meses", afirma Lucas
Godinez, diretor-gerente de
embalagens da Klabin.
Com a crise, a Klabin reduziu de R$ 430 para R$ 420 o
preço da tonelada que paga
para os picadores de papelão
e papel. Godinez diz, no entanto, que em dezembro o
valor era de R$ 400. Segundo
ele, praticamente 100% do
papelão é reciclado no Brasil. Isso deve contribuir para
uma disputa pelo produto a
médio prazo, afirma.
A reciclagem de papel e
papelão mobiliza entidades
como a Bovespa (Bolsa de
Valores de São Paulo). Toda
semana, a Bovespa vende o
papelão e o papel. O volume
mensal chega a 1,5 tonelada.
Outro setor que registra
queda no preço é o de aço
usado, segundo catadores e
pessoas envolvidas no negócio. Eles dizem que houve redução de cerca de 30% no
valor pago pela sucata.
O IBS (Instituto Brasileiro
de Siderurgia) não comenta
preços, mas diz que 25% das
32 milhões de toneladas de
aço que devem ser produzidas no Brasil neste ano virão
da reciclagem.
Domingos Somma, vice-presidente de operações da
siderúrgica Gerdau, diz que
em média não está pagando
menos pela sucata de materiais ferrosos. (LV e JAD)
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