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Descumprimento exigiria explicação ao FMI
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O eventual descumprimento do
compromisso de privatizar o Besc
não levaria, por si só, à interrupção do acordo de US$ 30 bilhões
do FMI com o Brasil. Mas exigiria
uma série de explicações por parte do governo e poderia atrapalhar as negociações com o Fundo.
A privatização dos bancos federalizados, as reformas tributária e
previdenciária, a nova Lei de Falências e a reformulação dos programas sociais estão entre os pontos do acordo destinados a mostrar que o país adotará políticas
consideradas corretas pelos organismos internacionais.
O atual acordo com o FMI expira em setembro, e é grande a possibilidade de o governo querer renová-lo. O Fundo não fixou prazos para a venda dos bancos, mas
exigiu sinais de progresso nos
processos de privatização.
Para o FMI, favorável por princípio à redução do papel do Estado, os bancos estaduais são uma
fonte de instabilidade no sistema
financeiro -pois sua administração pode pôr o interesse político
acima da prudência econômica.
A equipe econômica do governo FHC, que partilhava desse
ponto de vista, vinculou a privatização dos bancos ao programa de
renegociação das dívidas estaduais lançado em 1997.
Pelo acerto, os Estados que entregassem seus bancos como parte do pagamento conseguiam
uma renegociação mais vantajosa
de suas dívidas com a União. A
maior parte dos bancos foi vendida -os casos mais importantes
foram o Banespa e o Banerj. Dos
remanescentes, o maior é o Besc.
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