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MERCADO ABERTO
GUILHERME BARROS - guilherme.barros@uol.com.br
Montadoras podem elevar preços com aumento do aço
O aumento do preço do aço
está se tornando um forte elemento de pressão de custos para a indústria automobilística e
pode levar as montadoras a elevarem o preço dos automóveis.
No ano, o aço já subiu 40% e as
siderúrgicas estudam novos
aumentos. A média do aumento do preço do automóvel não
passou de 1%, segundo cálculos
da Fipe, e a inflação oficial
(IPCA) acumula 3,64% de alta
no primeiro semestre.
O presidente da Anfavea,
Jackson Schneider, afirma que
a pressão do aço sobre os custos
industriais está sendo muito
forte e pode se refletir no preço
dos automóveis, mas que isso
depende de cada montadora.
Segundo ele, a preocupação
atinge tanto as montadoras como as empresas de autopeças.
Schneider diz que já foi informado de que as siderúrgicas devem promover aumentos do
produto. O aço é uma das commodities que mais oneram os
custos da cadeia produtiva da
indústria automobilística.
O setor consome mais de 6
milhões de toneladas de aço
por ano, 26% da produção total
do país.
"O nosso setor é o segundo
maior consumidor de aço do
país", diz Schneider.
As vendas de automóveis
neste ano estão registrando novo recorde. Nos primeiros seis
meses, os licenciamentos alcançaram 1,41 milhão de unidades, o que representa um aumento de 30% em relação a
2007, que já havia sido recorde.
Apesar das vendas recordes,
Schneider diz que há um limite
para as montadoras obterem
ganhos de escala com a venda
de automóveis. Segundo ele, a
indústria está fazendo um esforço enorme de contenção de
custos para manter a competitividade tanto no mercado interno como no externo, mas
tem sentido os aumentos de
custos industriais. No setor externo, a situação se agrava com
a desvalorização do dólar.
"Não tem produtividade que
dê jeito", afirma o dirigente.
Apesar da pressão de custos,
as montadoras ainda não definiram suas estratégias para
compensar a elevação no preço
do aço. O problema é que a concorrência no setor é muito
grande e não é tão fácil para as
empresas repassarem os aumentos de custos para os consumidores.
Avanço do biodiesel nacional depende de patentes, diz pesquisa
A produção de biodiesel brasileira está aumentando, no entanto, as pesquisas para o desenvolvimento de tecnologia
nacional atravessam um momento crítico. É o que mostra
uma pesquisa inédita do Inpi
(Instituto Nacional de Propriedade Industrial) que servirá de
termômetro para um balanço
do setor.
Atualmente, o biodiesel é
vendido nos postos misturado
ao diesel. Em 2004, o índice de
mistura era de 2%. Hoje, já é de
3% e deverá chegar a 5% em
2013. Isso fez a produção saltar
de 69 mil metros cúbicos, em
2006, para 213 mil metros cúbicos, em março deste ano.
De acordo com o levantamento, que será publicado no
próximo mês, as patentes relacionadas ao biodiesel também
cresceram. Entre 2003 e 2007,
o total de registros saltou de 2
para 27, o que fez o Brasil avançar da 13ª para a 5ª colocação
na lista dos países que mais investem nesse tipo alternativo
de combustível. Nesse período,
os EUA, líderes nessa lista, passaram de 61 para 287 patentes.
Segundo a coordenadora do estudo, Cristina D"Urso de Souza
Mendes, apesar dos avanços, só
seis patentes nacionais foram
feitas em países onde o consumo de biodiesel já é considerável, como EUA e Alemanha.
"Não podemos perder o ritmo do depósito dessas patentes, especialmente no exterior", diz Mendes. "Os estrangeiros estão fazendo o registro
de suas tecnologias em locais
onde a produção está acelerada
e os brasileiros também deveriam estar atentos a isso", afirma a pesquisadora.
com JOANA CUNHA e VERENA FORNETTI e JULIO WIZIACK
MONITORADO
A Controlsat, empresa do grupo Schahin, lançou um rastreador para motos. O equipamento usa tecnologia GPS e
GSM/GPRS para fazer contato entre veículo e central. Segundo Hélio Kairalla, diretor comercial da Controlsat, a
idéia de desenvolver o produto foi estimulada pelo número
de motos em circulação no Brasil, de 8,5 milhões. "A maioria
das motos nem seguro tem, porque o número de roubos é
tão grande que as seguradoras não querem fazer contrato."
A idéia é que, com o produto, o índice de roubos recue e permita que seguradoras se interessem pelo cliente motociclista. A estratégia inicial da Controlsat é atrair os proprietários
de motos e, no futuro, vender para corretoras de seguros.
NO LIMITE
O Banco do Brasil ampliou
para US$ 200 milhões o limite de recursos disponíveis
para financiamento à importação via Corporación
Andina de Fomento (CAF).
A linha utiliza o crédito do
banqueiro internacional para pagar à vista o exportador.
No ano passado, o limite era
de US$ 20 milhões.
LAMPARINA
A Caixa Econômica Federal pretende lançar duas linhas de financiamento em
2009 para investimento no
setor de energia do Brasil. O
interesse do banco é aplicar
recursos da ordem de R$ 2
bilhões na construção de pequenas centrais hidrelétricas. De acordo com a instituição, cada uma das linhas
terá recursos equivalentes a
R$ 1 bilhão e prazo de financiamento de dez anos.
FORNO E FOGÃO
O volume de azeite comercializado cresceu 20%
entre junho de 2007 e maio
deste ano na comparação
com o período anterior,
mostra pesquisa da LatinPanel. O resultado é puxado
pelos produtos importados,
principalmente os embalados em vidro, que aumentaram sua participação em
quase dez pontos percentuais, chegando ao patamar
de 27% de mercado.
EM BRASA
Sylvio Lazzarini, proprietário do Varanda, um dos primeiros restaurantes a oferecer o "Kobe beef" no Brasil,
registrou um crescimento de 15% no seu público, estimado em mais de 45 mil clientes, no primeiro semestre;
Lazzarini neste ano abriu o Magistrale, com a italiana Giovanna Paternò, ao lado do Varanda, com o objetivo
de "tumultuar a rua"; de acordo com o empresário, São Paulo ainda não está bem abastecida por estabelecimentos italianos de alta gastronomia
OLHAR
O alemão Thomas Bayer
acaba de assumir a presidência da Essilor Brasil, braço nacional da companhia
francesa Essilor, fabricante
das lentes Varilux. Em 2007,
a Essilor registrou crescimento de 8% nas vendas e
faturamento de 2,9 bilhões. Neste ano, a Essilor
Brasil espera aumentar em
20% o faturamento no país.
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