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Dispara procura por fundos que seguem o IGP-M
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
No mercado financeiro,
cuja natureza é antecipar fenômenos, as mostras da
busca por indexação são
mais evidentes.
De acordo com levantamento do Centro de Estudos
em Finanças da FGV-SP,
cinco fundos de investimento atrelados ao IGP-M contavam, em maio, com patrimônio líquido de R$ 433 milhões. No início de outubro,
o valor havia disparado para
R$ 2,037 bilhões -crescimento de 370%.
Só um fundo do BankBoston subiu seu patrimônio,
no mesmo período, de R$ 20
milhões para R$ 667 milhões, ou alta de 3.235%. Segundo o diretor de investimentos do BankBoston,
Maurício D'Amico, o fundo,
criado em fevereiro de 2000,
nunca havia captado tanto
em tão pouco tempo. A
maioria dos investidores é
de classe média -a aplicação mínima é de R$ 1.000.
Medo
Para o coordenador do
Centro de Estudos em Finanças da FGV-SP, William
Eid Júnior, o medo de corrosão do poder de compra tem
levado as pessoas a buscar
esses fundos.
Para Eid, a alta da inflação
pode levar os setores mais
poderosos e influentes a
pressionar por prazos menores de indexação -hoje o
prazo mínimo é de um ano.
Até mesmo quem pensa
na aposentadoria tem procurado fundos de previdência corrigidos pela inflação.
Lançado em abril, o PGBL
referenciado em IGP-M da
Icatu-Hartford tem patrimônio líquido de quase
R$ 11 bilhões.
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