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Previ critica proposta para teles
Presidente do fundo diz, no entanto, que
separar banda larga não inviabiliza fusão
Caso o negócio entre Oi
e BrT se concretize, fundo
dos funcionários do BB terá
participação de quase 20%
na nova operadora
ROBERTO MACHADO
ENVIADO ESPECIAL À COSTA DO SAUÍPE
O presidente da Previ, fundo
de pensão dos funcionários do
Banco do Brasil, Sérgio Rosa,
juntou-se ontem aos que criticam a proposta da Anatel
(Agência Nacional de Telecomunicações) de separar a oferta de serviços de telefonia fixa e
de banda larga.
"O negócio [de telecomunicações] é muito dinâmico em
termos de tecnologia. É difícil
ficar regulando o setor por esse
critério. Comercialmente, as
operadoras estão cada vez mais
oferecendo pacotes integrados
de tudo, que é o que o consumidor quer", disse Rosa, no encontro anual de conselheiros
da Previ, realizado na Bahia.
A Previ participa do bloco de
controle da Brasil Telecom e,
caso se concretize a venda da
companhia para a Oi, terá uma
participação de quase 20% na
nova operadora. Hoje, a Previ
também conta com participação acionária na Oi -mas a lei
impede que o fundo esteja no
bloco de controle de duas operadoras ao mesmo tempo.
Na semana passada, a Anatel
propôs a desagregação entre telefonia fixa e banda larga. Anteontem, indicou que poderá,
ainda, impor limites ou metas
para a atuação das operadoras
nas regiões em que elas não
atuam como concessionárias.
A agência abriu consulta pública para discutir mudanças
no Plano Geral de Outorgas,
que regulamenta o setor de telefonia no país. A compra da
BrT pela Oi depende de mudanças no PGO -e terá também que ser submetida aos órgãos de defesa da concorrência.
Riscos
Apesar de discordar da Anatel, Rosa afirmou que a preocupação da agência é respeitável e
discordou do prognóstico do
presidente da Oi, Luiz Eduardo
Falco, que disse, na semana
passada, que a mudança inviabilizaria o negócio.
"Não acredito que isso seja
significativo para o negócio dar
para trás", afirmou. Sobre as
declarações do executivo da Oi,
Rosa comentou que ele defende um "modelo de negócio".
O presidente da Previ disse
estar "otimista" quanto ao sucesso da operação, que recebeu
críticas por ter sido anunciada
antes que a legislação fosse modificada. Afirmou que, se o negócio não se concretizar, a BrT
vai manter a atual estratégia de
atuação. "Os acionistas, por outro lado, vão estudar se procuram outro comprador."
Sobre a multa a ser paga pela
Oi à BrT, caso o acordo não saia,
Rosa disse que esse é um risco
do negócio: "Para obter a promessa de venda feita pelos controladores (da BrT), numa situação em que o cenário não estava aberto para isso, ela [a Oi]
correu um risco", disse Rosa,
acrescentando que avalia em
99% a probabilidade de que o
negócio seja aprovado.
As condições para a efetiva
autorização da compra vão ser
discutidas pela Anatel no prazo
de até 180 dias após a regulamentação da versão atualizada
do PGO. As condições propostas pela agência terão de ser referendadas pelo presidente
Luiz Inácio Lula da Silva.
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