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Comitê de fundo de investimento deverá vetar repasse de recursos
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O Comitê de Investimento
do FI-FGTS, fundo de investimento criado para financiar
projetos de infra-estrutura
com recursos do trabalhador,
decidiu que vai vetar a proposta
de repasse direto para o
BNDES. O grupo recomenda
"parceria" com o banco de desenvolvimento, mas exige retorno mínimo nas operações,
que receberiam recursos do FI-FGTS diretamente, sem passar
pelo caixa do BNDES.
Isso não significa que o dinheiro do FGTS será preservado. O comitê, que é dominado
pelo governo, pode ser pressionado a mudar de posição. Além
disso, a instância máxima de
decisão sobre os recursos do
trabalhador é o Conselho Curador do FGTS, no qual governo
também tem maioria de votos.
Procurado pela Folha, o governo, oficialmente, manteve o
silêncio sobre o potencial prejuízo da operação. O BNDES,
principal interessado na proposta, informou que não comentará o assunto, mesma decisão do Ministério da Fazenda
e do Trabalho, responsável pela
gestão do fundo. Representantes do Comitê de Investimento
ligados às centrais sindicais e
confederações patronais também não se manifestaram.
A proposta de uso dos recursos do FGTS para empréstimos
do BNDES vem sendo discutida há algum tempo pelo governo. Há cerca de três semanas, o
ministro Guido Mantega (Fazenda) reuniu os ministros
Carlos Lupi (Trabalho), Márcio
Fortes (Cidades), o presidente
do BNDES, Luciano Coutinho,
e a presidente da Caixa Econômica Federal, Maria Fernanda
Coelho, para decidir como seria feito o repasse dos recursos.
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