São Paulo, segunda-feira, 21 de julho de 2008

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Comitê de fundo de investimento deverá vetar repasse de recursos

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O Comitê de Investimento do FI-FGTS, fundo de investimento criado para financiar projetos de infra-estrutura com recursos do trabalhador, decidiu que vai vetar a proposta de repasse direto para o BNDES. O grupo recomenda "parceria" com o banco de desenvolvimento, mas exige retorno mínimo nas operações, que receberiam recursos do FI-FGTS diretamente, sem passar pelo caixa do BNDES.
Isso não significa que o dinheiro do FGTS será preservado. O comitê, que é dominado pelo governo, pode ser pressionado a mudar de posição. Além disso, a instância máxima de decisão sobre os recursos do trabalhador é o Conselho Curador do FGTS, no qual governo também tem maioria de votos.
Procurado pela Folha, o governo, oficialmente, manteve o silêncio sobre o potencial prejuízo da operação. O BNDES, principal interessado na proposta, informou que não comentará o assunto, mesma decisão do Ministério da Fazenda e do Trabalho, responsável pela gestão do fundo. Representantes do Comitê de Investimento ligados às centrais sindicais e confederações patronais também não se manifestaram.
A proposta de uso dos recursos do FGTS para empréstimos do BNDES vem sendo discutida há algum tempo pelo governo. Há cerca de três semanas, o ministro Guido Mantega (Fazenda) reuniu os ministros Carlos Lupi (Trabalho), Márcio Fortes (Cidades), o presidente do BNDES, Luciano Coutinho, e a presidente da Caixa Econômica Federal, Maria Fernanda Coelho, para decidir como seria feito o repasse dos recursos.


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