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Agrotóxico é problema, diz federação
DA REPORTAGEM LOCAL
Élio Neves, presidente da Federação dos Trabalhadores Rurais
do Estado de São Paulo, filiado à
CUT (Central Única dos Trabalhadores), afirma que as práticas
irregulares das fazendas de laranja é generalizada também nas regiões de Barretos e Botucatu.
"Falta uma articulação institucional capaz de enfrentar os grandes grupos econômicos." O maior
problema na regiões de plantação
de laranja e de cana é o uso de
agrotóxicos sem proteção para o
trabalhador e para a natureza.
"Há pomar de laranja sendo
pulverizado a cinco metros de um
córrego. Só uma ação conjunta
entre Ministério da Agricultura e
outros órgãos do governo pode
inibir isso", afirma.
O interesse do governo brasileiro, afirma, é vender suco de laranja e açúcar a preço baixo no exterior, "mesmo que isso arrebente o
nosso ambiente e as relações de
trabalho. O Brasil está submisso
aos interesses internacionais."
Segundo ele, as equipes de trabalhadores rurais que aplicam de
herbicidas nas plantações de cana
não têm proteção e equipamento
adequado. "É muito fácil identificar esses trabalhadores na região,
mas o Ministério do Trabalho não
fiscaliza. Alguns trabalhadores
pediram que fosse reconhecida a
insalubridade nessa função, mas
foram demitidos pelas usinas",
afirma.
Em qualquer usina da região de
Araraquara, diz, existem 40 trabalhadores aplicando herbicidas,
sem o registro dessa atividade na
carteira. Pior: voltam para a casa
com a roupa infectada.
(FF e CR)
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