São Paulo, domingo, 22 de dezembro de 2002 |
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PAINEL S.A. Vilão O aumento do déficit em transações correntes no Brasil tem pelo menos um grande culpado: as empresas com controle estrangeiro, segundo estudo que o Iedi (Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial) acaba de concluir sobre o tema. Rombo As empresas com capital estrangeiro majoritário responderam por quase dois terços (65%) do déficit global do país em 2000. Em 1995, o déficit em transações correntes dessas empresas era de US$ 6,7 bilhões. Em 2000, chegou a US$ 15 bilhões. Déficit menor As empresas nacionais e o setor público brasileiro diminuíram o seu déficit externo de US$ 13,8 bilhões para US$ 10,8 bilhões no mesmo período. E as empresas com participação minoritária de capital estrangeiro ampliaram o superávit de US$ 2,5 bilhões para US$ 3,8 bilhões. Investimento A maioria dos empresários (63%) pretende manter no próximo ano o mesmo nível de investimentos realizados em 2002 na área de tecnologia da informação, segundo pesquisa da Boucinhas & Campos Consultores. E 29% deles irão investir mais em 2003. Acerto de contas A Embratel acaba de fechar acordos de refinanciamento de sua dívida com três bancos credores: BBA, Santander e EDC. A expectativa do mercado é que o pacote de refinanciamento esteja fechado a tempo de comemorar o Réveillon. A dívida da tele é de US$ 800 milhões. Baixa quilometragem O Brasil possui 19 quilômetros de rodovias por mil quilômetros quadrados de território, segundo último levantamento do Sinicon (sindicato da construção pesada). Nos Estados Unidos, essa relação é de 373 km, e na África do Sul, de 44 km. Poema-propaganda "Brasil de todos os cantos" é o nome do poema inédito declamado pelo cantor Alceu Valença no filme da campanha de final de ano do Banco do Brasil, que vai ao ar hoje. E-mail - guilherme.barros@uol.com.br ANÁLISE Reação
As projeções dos principais indicadores econômicos feitas pela Sobeet (Sociedade Brasileira
de Estudos de Empresas Transnacionais e da Globalização
Econômica) para 2003 prometem um quadro de pouca melhora. Mesmo com a instabilidade cambial e a recente alta da taxa de juros neste ano, a entidade
reavaliou o crescimento da economia e estima um PIB 1,3%
maior para o próximo ano. A
expectativa para as exportações
também é de melhora, com um
aumento de 7% e um fechamento em US$ 63,8 bilhões. Com isso, o superávit comercial deve ficar em US$ 15 bilhões. A inflação ao consumidor não piora,
mas ainda permanece em dois
dígitos, em 10%. Nenhuma melhora significativa, mas a promessa de uma reação. |
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