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Setor de alimentos escapa da baixa
DA REPORTAGEM LOCAL
O Natal de 2002 só vai ser relembrado, sem receios, pela indústria e o varejo de alimentos,
segundo dados de desempenho
apresentados até o momento. Os
fabricantes conseguiram repassar
parte da pressão em seus custos
para os preços. E as lojas aumentaram as vendas, em reais, já descontada a inflação.
Em setores como o eletrônico
há elevação nas vendas, mas as
empresas não conseguiram repassar aos preços boa parte da alta nos custos (devida à subida do
dólar). A conclusão é da Associação Comercial de São Paulo.
Em novembro, as vendas dos
supermercados subiram 9,9% em
termos reais (descontada a inflação), informa a Abras (Associação Brasileira de Supermercados). Há expectativa positiva também em dezembro. Mas isso não
deve elevar muito a margem de
lucro das empresas no ano.
O varejo de alimentos trabalhava, em setembro de 2002, com
rentabilidade de 1,2%. "Uma elevação nas vendas em novembro
ou dezembro não faz ninguém
aumentar ganhos subindo margem. Se for ganhar algo, será na
escala", diz Carlos de Almeida, assessor econômico da Serasa.
"Houve expansão do dinheiro
circulando na economia no final
do ano, com os saldos do FGTS
que foram liberados, e um empurrão nas vendas", diz João Carlos Oliveira, presidente da Abras.
Em novembro houve forte alta
nos preços de produtos como
açúcar, frango e arroz, entre outros. Esperava-se que o consumidor comprasse menos alimentos,
mas o que ocorreu foi a troca de
itens mais caros por outros mais
baratos.
(AM)
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