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Mercado Aberto
GUILHERME BARROS - guilherme.barros@uol.com.br
Indústria do plástico pede ao governo mais incentivos
Representantes da indústria
do plástico vão se reunir amanhã com o ministro Miguel
Jorge (Desenvolvimento, Indústria e Comércio) para apresentar reivindicações do segmento. O setor de plásticos
transformados, por exemplo, já
registra déficit comercial há
mais de dez anos- no ano passado, as importações superaram as exportações em mais de
US$ 600 milhões.
As associações Abief (de embalagens plásticas flexíveis), a
Abrafilme (de filmes flexíveis),
a Abraflex (de embalagens laminadas) e a Afipol (dos produtores de fibras poliolefínicas) se
reuniram em torno da Abiplast
(Associação Brasileira da Indústria do Plástico) para apresentar reivindicações do setor.
Merheg Cachum, presidente
da Abiplas, diz que é fundamental que toda a cadeia ganhe
competitividade, do setor petroquímico até o segmento de
plásticos transformados.
O segmento deve ser um dos
beneficiados com a nova política industrial. Em maio, quando
a iniciativa foi lançada, representantes da indústria se reuniram com o ministro e prometeram encaminhar estudo detalhado sobre as necessidades do
setor. O levantamento, coordenado pela Fipe e pela Unicamp,
será concluído em dois meses.
Cachum afirma que conversará com Miguel Jorge sobre a
necessidade de linhas de financiamento para estimular a inovação nas fábricas e a modernização do parque industrial.
"Não tem como ter máquinas
antigas e continuar competitivo", diz Cachum. "Precisamos
ter igualdade de equipamento e
a mesma facilidade para obter
financiamentos a baixo custo
que concorrentes no exterior."
Outras reivindicações são a
redução da carga tributária e o
incentivo às exportações. "Temos uma parceria com a Apex,
mas queremos aprofundar os
incentivos, principalmente para ajudar as pequenas empresas a venderem lá fora", diz
Merheg Cachum.
O presidente da Abiplast afirma também que a valorização
do real em relação ao dólar e o
aumento de juros promovido
pelo Banco Central prejudicaram a indústria do plástico.
"O governo está elevando juros e, com isso, entra uma enxurrada de dólares no país. Eles
estão criando um problema para o mercado interno", afirma o
representante da indústria.
NO TOPO
A CPM Braxis, que presta serviços de terceirização de TI,
está entre as 50 melhores empresas do mundo na modalidade, segundo edição 2008 do "Black Book of Outsourcing". A
CPM Braxis ocupa o 24º lugar entre mais de 4.000 fornecedores analisados. É a única brasileira na lista e a primeira da
América Latina. A empresa nasceu em março de 2007, com a
fusão da CPM e da Braxis, e é a maior empresa de TI no país.
O estudo também aponta o Brasil como segundo mercado
preferido para expansões como alternativa à Índia, atrás dos
EUA. "Pela primeira vez, o Brasil se coloca no mapa. Há três
anos, o país não estava nem na lista das dez alternativas mais
consideradas", diz Jair Ribeiro, presidente da CPM Braxis.
INFLAÇÃO: BANCO PREVÊ IPCA DE 6,3% E MAIOR ALTA DOS PREÇOS ADMINISTRADOS
A expectativa do Credit Suisse é que o IPCA fique em 6,3%
em 2008 e em 5% em 2009. O banco prevê alta de preços de
serviços e pressão inflacionária dos preços administrados
-com projeção de avanço de 1,5% em maio-, especialmente
de energia elétrica, transporte público e combustíveis. A estimativa de inflação dos administrados é de 3,5% em 2008 e
de 5,5% em 2009. O banco afirma que há maior risco de o
Copom elevar a previsão de inflação de administrados.
FAVAS CONTADAS
A inflação apertou, mas o
percentual de famílias com orçamento equilibrado ou superavitário na região metropolitana do Rio de Janeiro passou
de 75,7%, em maio de 2007, para 80,3% no mês passado, mostra a pesquisa de orçamento
doméstico da Fecomércio-RJ.
É a maior parcela desde maio
de 2001. Também cresce a poupança entre os fluminenses.
Em maio de 2007, 32,1% diziam ter dinheiro guardado,
contra 32,7% em 2008.
PANO PARA MANGA
A Brinquedos Estrela faz
uma parceria com a grife
Thorrè, de Daniela Torres
Bahia e Fabiana Torres. Com
a iniciativa, a boneca Susi será vendida com roupas da
marca. A versão do brinquedo terá edição limitada, com
300 peças. Dez destas Susis
vão usar acessórios da marca
S. Pinheiro, da designer Natasha Pinheiro.
CARTILHA DE INVESTIDOR
O colégio Pio 12, em SP,
estimula jovens investidores. Na disciplina "Educação Financeira" -criada
com ajuda do professor
Paulo Sandroni, da FGV,
que adaptou para o ensino médio um software
usado na graduação-, os
alunos aprendem a investir na Bolsa. Carolina Pádua, do terceiro ano, há
mais de um ano investe
na Bolsa. Ela aplicou R$
50 e os converteu em R$
1.000. Carolina diz que
usou o que aprendeu nas
simulações para fazer o
próprio investimento. O
Pio 12 também participa
do Desafio Bovespa, concurso organizado pela
Bolsa em que alunos de
35 escolas competem em
simulação de compra e
venda de ações.
RESSEGUROS
O advogado Ilan Goldberg
lança, em julho, o livro "Do
Monopólio à Livre Concorrência: A Criação do Mercado Ressegurador Brasileiro"
(Ed. Lúmen Júris, 183 págs.).
O livro, que aborda o mercado de resseguros, fala das expectativas que rondam o
meio com a quebra do monopólio do IRB. Goldberg
analisa novas possibilidades
de regulação do mercado.
com JOANA CUNHA e VERENA FORNETTI
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