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outro lado
Instituto diz que repasse é feito de forma clara
DA REPORTAGEM LOCAL
O repasse de recursos de
empresas de exploração e industrialização do amianto
para entidades sindicais é
feito de forma transparente,
por meio de um acordo público, cujo objetivo é "levar
informação à sociedade sobre o uso controlado" do minério no Brasil. A afirmação
é de representantes do Instituto Brasileiro do Crisotila,
empresários e sindicalistas
da Comissão Nacional dos
Trabalhadores do Amianto,
que são unânimes em dizer:
1) o uso do minério é seguro; 2) não há casos registrados de doenças profissionais
causadas por essa matéria-prima desde a década de 80;
3) as empresas que utilizam
amianto fizeram investimentos em equipamentos
industriais e individuais para
ampliar a proteção à saúde;
4) não há pesquisas científicas que assegurem que as fibras sintéticas não oferecem
riscos à saúde; e 5) o que motiva a eliminação do amianto
no país é uma "guerra comercial" travada por empresas que desenvolveram tecnologias alternativas.
"O instituto é um órgão tripartite, formado por empresários, trabalhadores e representantes do governo. As ações que os sindicalistas fazem são voltadas para o uso
controlado. Não há prática
anti-sindical alguma. Cursos, viagens e participação
em seminários são bancados
para representantes do instituto", afirma Marina Júlia de
Aquino, presidente do Instituto Brasileiro do Crisotila.
Élio A. Martins, presidente
da Eternit, afirma que a
transferência de recursos
não é feita diretamente aos
sindicatos. "O acordo proporciona recursos necessários para que os trabalhadores possam exercer a fiscalização do uso seguro do
amianto nas empresas."
Emílio Alves Ferreira Jr.,
presidente da CNTA (comissão dos trabalhadores), diz
que as empresas e o instituto
ajudam a custear os cursos,
mas o treinamento e a fiscalização ficam com os sindicalistas. Para Adelman Araújo
Filho, presidente do sindicato dos trabalhadores de Minaçu, o ambiente de trabalho
foi modificado e não oferece
riscos. "O ambiente é molhado, não há poeira. O trabalhador tem equipamentos
individuais de proteção."
A Prefeitura de Minaçu
(GO) afirma também que
não há casos de doenças causadas pelo amianto entre
moradores da cidade.
(CR e FF)
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